A maior penalidade foi aplicada ao Banco do Brasil, que recebeu multa de R$ 523,6 mil (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 19h08.
Brasília – Oito bancos foram multados pelo Ministério da Justiça por não cumprirem normas de segurança em agências e postos de atendimento. A maior penalidade foi aplicada ao Banco do Brasil, que recebeu multa de R$ 523,6 mil.
A Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp) do Ministério da Justiça, que fixa as penalidades, também multou, pela mesma razão, o Itaú Unibanco (R$ 483,5 mil), a Caixa Econômica Federal (R$ 426,4 mil), o Santander (R$ 379,8 mil), Bradesco (R$ 307,9 mil), HSBC (R$ 65,3 mil), Mercantil (R$ 42,4 mil), e Citibank (R$ 14,1 mil).
As informações são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que representa os bancários na comissão.
A Polícia Federal, que coordena a comissão, afirmou, por meio de sua assessoria, que as penalidades serão publicadas em breve no Diário Oficial da União.
Segundo a Contraf, na maioria dos casos, as instituições financeiras foram punidas por problemas em relação à validade do plano de segurança de agências e postos, número insuficiente de vigilantes, falhas no sistema de alarme e transporte ilegal de valores efetuados por bancários.
"Os bancos precisam ter responsabilidade social e destinar parte de seus imensos lucros para investir mais em segurança. Eles preferem descumprir as normas e pagar uma série de multas do que aumentar os investimentos em medidas eficazes e equipamentos preventivos para evitar assaltos e sequestros", afirma o representante da Contraf na Ccasp, Lúcio Paz.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, por meio de sua assessoria, que as instituições financeiras deverão recorrer da decisão. Segundo a Febraban, na maioria dos casos, as multas são referentes a questões burocráticas. A entidade informa ainda que os bancos investem R$ 7,5 bilhões por ano em segurança nas agências.
Foi a quarta e última reunião da Ccasp em 2010, fórum tripartite criado em 1985 e que conta com representantes do governo federal e de entidades patronais e dos trabalhadores.