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Ministério embarga obra de rodovia após morte de operários

Os dois casos em que os operários não resistiram foram o do carpinteiro José Ribeiro Silva e do servente de pedreiro Edson Lima da Silva


	Rodovia Raposo Tavares: trecho em que as atividades foram suspensas fica entre os municípios de Maracaí e Presidente Epitácio, do quilômetro 475 ao 620
 (Wikimedia Commons)

Rodovia Raposo Tavares: trecho em que as atividades foram suspensas fica entre os municípios de Maracaí e Presidente Epitácio, do quilômetro 475 ao 620 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 17h19.

São Paulo - A morte de dois operários e a hospitalização de mais oito trabalhadores levou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a embargar ontem (11) as obras de extensão da Rodovia Raposo Tavares, na região de Presidente Prudente, no oeste paulista.

O trecho em que as atividades foram suspensas fica entre os municípios de Maracaí e Presidente Epitácio, do quilômetro 475 ao 620.

Os trabalhos deverão permanecer suspensos até que a empresa responsável pelo empreendimento, a Construtora OAS, comprove não haver irregularidades nos canteiros de obras e apresente os laudos do Instituto Médico-Legal, da Polícia Científica e demais órgãos envolvidos na apuração em torno do mal-estar sofrido por dez empregados que levou dois deles à morte.

Até o início da tarde de hoje, as causas ainda não tinham sido reveladas, mas “há suspeita de problemas relacionados à alimentação e às condições inadequadas dos alojamentos e do local onde eram servidas as refeições como a má higiene”, apontou Silvana Viana Passarello, porta-voz do escritório regional do MTE com base em relatos colhidos pelo auditor fiscal, Marcos Akinaga.

A servidora do MTE informou, no início da tarde de hoje (12), que quatro desses trabalhadores ainda permaneciam internados. Entre os sintomas apresentados estão diarreia e vômito. Os dois casos em que os operários não resistiram foram o do carpinteiro José Ribeiro Silva, morto no último dia 7, e do servente de pedreiro Edson Lima da Silva, falecido no último dia 10.

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado. O procurador Cristiano Lourenço Rodrigues avalia, no entanto, que ainda é muito cedo para se tirar conclusões. “Seria leviano e precipitado fazer qualquer avaliação sobre o que teria ocorrido, porque não há certeza de nada, e temos várias linhas de investigação”, adiantou.

Segundo o procurador, chegou-se a levantar a hipótese de o problema ter sido provocado por uma contaminação ambiental ou por picada de insetos, entre outras causas. Segundo defendeu, nenhuma suspeita deve ser descartada.

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