World Series of Poker (Wikimedia Commons)
Gian Kojikovski
Publicado em 8 de outubro de 2015 às 17h20.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 13h12.
São Paulo – O Ministério do Esporte criará um grupo de trabalho para regulamentar o pôquer como esporte no Brasil. A informação foi dada com exclusividade à EXAME.com pela Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH).
Com 4 milhões de praticantes no país, o esporte terá toda sua legislação analisada pelo ministério para ser reconhecida como esporte, assim como já é feito pela Federação Internacional dos Esportes da Mente (IMSA).
A regulamentação é briga antiga das confederações nacionais para que o círculo competitivo ganhe o mesmo apoio e credibilidade que qualquer esporte tem no país, gere confiança em investidores e atraia novos atletas para a formação de uma liga profissional. Desde 2011 há diálogos entre CBTH e governo para a criação de uma legislação.
Em entrevista a EXAME.com, o presidente da CBTH, Igor Trafane Federal, comemorou a decisão. “O pôquer é uma atividade legal, mas precisa de um regulamento claro para crescer. Só assim poderemos atrair grandes empresas para investir”, afirma. “É algo que vai gerar receita para o governo, um plano de carreira ou regimento civil para os jogadores e dar suporte aos trabalhadores que ingressarem nesse segmento.”
Para o campeão mundial e principal nome do esporte no país, André Akkari, a regulamentação é um grande passo para que o pôquer seja aceito no Brasil como esporte. “Vai haver novos investimentos, mais mercado e jogadores”, afirma. “Agora, cabe à habilidade, ao conhecimento e inteligência daqueles que vão aprovar o regimento em fazer o melhor possível para o esporte.”
Processos parecidos de regulamentação já foram concluídos em países como Canadá, Espanha, França, Grécia, Itália, Noruega e Reino Unido. O grupo vai analisar as regras definidas nestes países, além de estudar também quais regras serão aplicadas para o jogo em plataformas online e ao vivo.
Ainda não há previsão de quando o processo termina.