Jungmann: a bagunça é tamanha que segue o mistério a respeito do nome do encarregado da nova unidade de governo
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 06h41.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 07h10.
Depois de uma reunião neste domingo, o governo federal bateu o martelo na criação do ministério da Segurança Pública. Participaram o presidente Michel Temer (MDB), os ministros palacianos Moreira Franco (Secretaria da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), Torquato Jardim (Justiça), Sérgio Etchegoyen (GSI), Raul Jungmann (Defesa) e o vice-líder do Governo, deputado Darcísio Perondi (MDB-RS).
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A medida provisória será editada nesta segunda-feira e publicada no Diário Oficial de terça, com efeitos imediatos. O texto é enviado para o Congresso, que terá 60 dias para confirmar a criação do novo ministério – o prazo é prorrogável por igual período.
“Amanhã sai a criação do Ministério da Segurança. Vai promover a integração e a coordenação da segurança pública entre a União com todos os Estados”, declarou Perondi aos jornalistas. Serão integrados ao novo ministério as Polícias Federal e Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional e a Secretaria Nacional de Segurança Pública – elas deixam o Ministério da Justiça.
Fontes da PF ouvidas pela reportagem de EXAME dizem que a entidade não tem opinião formada a respeito do deslocamento porque até o momento não foram consultadas a respeito, nem foi apresentado um plano de ação sobre a atuação da nova pasta.
A bagunça é tamanha que segue o mistério a respeito do nome do encarregado da nova unidade de governo. Segundo a jornalista Andreza Matais, do Estado de S. Paulo, o escolhido, por falta de melhores opções, é o ministro da Defesa, Jungmann.
Neste caso, assume a defesa o secretário-geral da pasta, o general Joaquim Silva e Luna. Estiveram no banco de apostas também o ex-secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves, e o o ex-governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho.
Pelo lado dos militares, ventilou-se o nome de Carlos Alberto Santos Cruz, chefe da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
“O presidente busca um perfil de repercussão nacional, de fácil interlocução com o Congresso Nacional e de tranquila interlocução com os governadores dos estados”.
Foi essa a pista dada no domingo pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim. A busca por “repercussão nacional” é a principal mostra que o interesse do governo não está puramente na Segurança fluminense, mas também na vitrine positiva da medida.