Pfizer: no início de novembro, a empresa enviou o pedido para incluir crianças de 5 a 11 anos da bula da vacina contra a covid-19 para a Anvisa (Justin Tallis/Pool/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 29 de novembro de 2021 às 14h56.
Última atualização em 29 de novembro de 2021 às 15h04.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou nesta segunda-feira um contrato de compra de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer para 2022. Ele oficializou a aquisição durante um evento no Hospital Matargão Gesteira, em Salvador, ao lado do ministro da Cidadania e pré-candidato ao governo da Bahia, João Roma, e do prefeito de Salvador, Bruno Reis.
Na solenidade, o ministro destacou que o governo está investindo na compra de vacinas. Em outubro, o ministério já havia antecipado que a previsão para o próximo ano era de 354 milhões de doses. Além da Pfizer, também estão sendo adquiridas mais 120 milhões de doses da AstraZeneca. A pasta irá também usar 134 milhões são doses compradas em 2021, que serão remanejadas para 2022.
Queiroga afirmou na solenidade que todas as vacinas devem ter o registro na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até agora não há previsão para compra da vacina Coronavac, que tem apenas o registro emergencial.
"Não há mais motivo de fazer aquisição de imunizantes com registro emergencial. Quer ter a possibilidade de fornecer vacinas para o SUS, registra na Anvisa, com registro definitivo", afirmou Queiroga.
O ministro agradeceu o empenho e a “sensibilidade” dos colegas do governo para o remanejamento de vebas com objetivo de garantir a compra das doses da Pfizer.
"Foi feita a realocação da verba para que investíssemos 7 bilhões de reais para adquirir esse reforço para o Programa Nacional de Imunização", disse Queiroga.
A Pfizer informou que as doses serão entregues por meio de uma programação mensal a partir de janeiro de 2022. A previsão do ministério em janeiro já comece a receber as primeiras unidades e que, até março, 20 milhões doses de Pfizer estarão disponíveis no Brasil.
Em nota, a Pfizer esclareceu que “como parte do acordo, o governo também tem a opção de aumentar a remessa em até 50 milhões de vacinas adicionais, elevando o número total de doses potenciais para 150 milhões em 2022”. Outros detalhes do acordo não foram compartilhados.
Recentemente, a Pfizer tem buscado ampliar o público da vacina. No início de novembro a empresa enviou o pedido para incluir crianças de 5 a 11 anos da bula da vacina contra a covid-19 para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência tem um prazo de 30 dias para responder ao pedido. Além disso, na quarta-feira, 24, a Anvisa aprovou a inclusão da dose de reforço da Pfizer na bula da vacina para pessoas a partir de 18 anos que tenham tomado duas doses.
A Pfizer também anunciou, na sexta-feira, 26. que está estudando urgentemente a eficácia do imunizante contra a variante B.1.1.529 detectada na África do Sul.