Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil: Pizzolato tem dupla cidadania e, pela legislação italiana, cidadãos nacionais não podem ser extraditados (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 11h00.
Brasília - O Ministério da Justiça da Itália quer manter preso o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, e vai fazer esse pedido formalmente à Corte de Apelação de Bolonha, tribunal responsável pelo julgamento do caso.
O chefe de gabinete do procurador-geral da República do Brasil, Eduardo Pellela, e o chefe de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República (PGR), Vladimir Aras, estão na Itália para tratar da extradição de Pizzolato com autoridades do Ministério Público e dos Poderes Executivo e Judiciário da Itália.
Para a PGR, manter o ex-dirigente na prisão - como deseja o Ministério da Justiça italiano, pode ser um indicativo de que a Itália considera a possibilidade de extraditar Pizzolato.
Em novembro de 2012, o ex-dirigente do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão, e em novembro fugiu para Itália. Foi preso no último dia 5 de fevereiro e é acusado de substituição de pessoa, falsidade ideológica e falso testemunho pela justiça italiana.
Pizzolato tem dupla cidadania e, pela legislação italiana, cidadãos nacionais não podem ser extraditados, mas cabe ao governo tomar a decisão final sobre a questão.
A próxima etapa do caso é a decisão do juiz da corte de Bologna. Nesta terça-feira (18), os representantes do judiciário brasileiro estão em Modena para se reunirem com autoridades italianas.
A agenda de ambos termina hoje, mas não foi confirmado quando retornam ao Brasil.