Brasil

Ministério da Economia libera R$ 38 milhões para ações na Amazônia

Além da quantia liberada pelo Governo, órgãos e personalidades internacionais afirmaram que farão doações para ajudar no combate às queimadas

Incêndios: há semanas, região amazônica é tomada por queimadas (Ricardo Moraes/Reuters)

Incêndios: há semanas, região amazônica é tomada por queimadas (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 18h10.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 18h13.

O Ministério da Economia liberou R$ 38,5 milhões ao Ministério da Defesa para combate a incêndios na Amazônia Legal. O valor havia sido contingenciado do montante voltado para Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). As ações de GLO tinham orçamento aprovado de R$ R$ 47,5 milhões. Desse total, cerca de R$ 7,1 milhões estava sendo utilizado.

Na sexta-feira (23), foi instalado o Centro de Operações Conjuntas no Ministério da Defesa para execução de ações nas regiões de fronteira, terras indígenas, áreas da União, além de outras áreas da Amazônia Legal. Mais de 43 mil integrantes das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) estão na região. Eles devem atuar coordenados com órgãos de controle ambiental e de segurança pública.

Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, sete (Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins ) formalizaram e tiveram autorizada a solicitação para emprego da Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) para combate aos focos de incêndio na região.

Doações internacionais

Além da quantia liberada pelo Ministério da Economia, órgãos e personalidades internacionais também afirmaram que farão doações para ajudar nas queimadas na região amazônica.

G7, grupo de países mais ricos do mundo, decidiu nesta segunda desbloquear uma ajuda de urgência de US$ 20 milhões, o equivalente a cerca de R$ 83 milhões, para combater os incêndios florestais na Amazônia. A verba será usada principalmente para o envio de aviões para apagar o fogo na região, anunciaram os presidentes da França, Emmanuel Macron, e do Chile, Sebastián Piñera.

O presidente do grupo francês LVMH, Davide Marcovitch, também anunciou nesta segunda que o conglomerado doará 10 milhões de euros para ajudar no financiamento do combate aos incêndios. O grupo congrega empresas como Louis Vuitton e Espumantes Chandon.

Em uma série de postagens feitas em seu perfil no Instagram, o ator norte-americano Leonardo DiCaprio anunciou que doará 5 milhões de dólares para o Fundo da Floresta Amazônica, uma iniciativa emergencial que tem como objetivo ajudar a Amazônia a se recuperar dos incêndios das últimas semanas.

PF contra crimes ambientais

A Polícia Federal iniciou na manhã desta segunda ações no âmbito da Operação Verde Brasil, com o objetivo de identificar, reprimir e investigar eventuais delitos ambientais perpetrados na região da Floresta Amazônica, informou a assessoria de imprensa do órgão.

A PF se junta às Forças Armadas, ao Ibama e à Força Nacional de Segurança Pública para a atuação conjunta nas áreas de fronteira, nas terras indígenas e nas unidades federais de conservação ambiental, dando cumprimento ao decreto que visa estabelecer ações para a garantia da lei e da ordem.

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea de Brasília levando uma equipe de policiais federais composta por delegados, escrivães, agentes e peritos criminais para a região. Além disso, todas as Superintendências e Delegacias localizadas na Amazônia Legal estão mobilizadas em tempo integral para identificar e reprimir qualquer ação criminosa na esfera ambiental, disse o órgão.

A PF também investiga, por ordem do presidente Jair Bolsonaro, possível existência de ações premeditadas que teriam ocasionado queimadas e focos de incêndio criminosos na área da Floresta Nacional de Altamira, no Pará.

(Com Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaMinistério da EconomiaPolícia Federal

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi