Fiscais: o líder do sindicato voltou a afirmar que a entidade defende processos "meritocráticos" para cargos de chefia e de gestão no Ministério da Agricultura (Ricardo Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de março de 2017 às 17h33.
São Paulo - O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Maurício Porto, afirmou ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o déficit desses profissionais no Ministério da Agricultura é da ordem de 850 funcionários.
Ele fez coro à declaração dada na terça-feira, 21,pelo titular da pasta, Blairo Maggi, de que a quantidade de fiscais está aquém das necessidades.
"O ministro conhece isso, sabe que é um pleito nosso, que precisamos desses ficais para um trabalho ideal. Não podemos ser vistos como gastos para o governo, mas como investimento", afirmou.
Porto participou há pouco de ato em frente à sede do ministério, em Brasília (DF), com o objetivo de "prestar esclarecimentos à população" sobre a Operação Carne Fraca, deflagrada semana passada pela Polícia Federal e que colocou o serviço de inspeção e todo o setor de proteínas em uma grave crise de credibilidade.
"Essa é uma reação do sindicato para mostrar que apenas uma minoria de fiscais está sendo acusada. Que aqueles que forem considerados culpados sejam punidos exemplarmente", disse. Ele destacou que as denúncias que resultaram nesta operação da PF partiram do próprio Anffa Sindical.
O líder voltou a afirmar que a entidade defende processos "meritocráticos" para cargos de chefia e de gestão no Ministério da Agricultura.
Para tanto, manifestou apoio ao Decreto 8.762, de maio do ano passado, que prevê que os cargos de superintendentes federais da Agricultura sejam ocupados, exclusivamente, por servidores efetivos do quadro de pessoal do ministério, com curso superior e estágio probatório concluídos. As medidas devem entrar em vigor no próximo mês de maio.