Febre chikungunya: em Belo Horizonte, há 77 casos prováveis (Foto/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 4 de julho de 2017 às 22h28.
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou hoje (4) a primeira morte por febre chikungunya registrada no estado. A vítima é um idoso de 72 anos, morador de Governador Valadares.
Ele morreu no dia 11 de março último e a causa da morte estava em análise. Outras 19 mortes também são investigadas.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pela secretaria, já foram notificados este ano 16.995 casos prováveis de chikungunya em Minas Gerais. Os registros envolvem 86 cidades.
O quadro mais preocupante é justamente o de Governador Valadares, onde há 11.133 casos prováveis. Também chamam atenção o número de possíveis vítimas em Teófilo Otoni (2.420), Medina (381) e Conselheiro Pena (311).
Nessas cidades há uma média superior a 300 casos prováveis para cada 100 mil habitantes e, por isso, são consideradas com alta incidência da doença. Outros 14 municípios também estão na mesma situação.
Em Belo Horizonte, há 77 casos prováveis. A capital mineira está entre as cidades consideradas com baixa incidência.
A febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e do vírus Zika. Os sintomas surgem entre dois e 12 dias após a infecção.
A vítima pode ter febre alta, dores intensas nas articulações e nos músculos, dor de cabeça, cansaço, mal-estar e manchas vermelhas na pele.
Uma vez curada, a pessoa ganha imunidade para o resto da vida. Não há vacina e a principal medida de prevenção é o combate ao mosquito, sobretudo com a eliminação dos seus criadouros.
Os primeiros registros da doença em Minas Gerais são de 2014. Naquele ano, houve 18 notificações, mas todos os casos foram de pessoas infectadas fora do estado.
Somente no ano passado, as primeiras transmissões de febre chikungunya em território mineiro foram confirmadas.