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Militares vão à Rússia para avaliar sistema de artilharia

Ministério da Defesa enviou para Moscou uma comitiva com nove oficiais para avaliar sistema de artilharia antiaérea


	Soldados do Exército brasileiro: grupo ficará nove dias na Rússia
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Soldados do Exército brasileiro: grupo ficará nove dias na Rússia (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 10h04.

Rio de Janeiro - O Ministério da Defesa enviou ontem (26) para Moscou (Rússia) uma comitiva com nove oficiais da Marinha, do Exército e da Força Aérea para fazer avaliações complementares do sistema de artilharia antiaérea de média altura Pantsir-S1.

Segundo o ministério, eles vão participar de um exercício de campo das Forças Armadas russas e verificar os requisitos considerados essenciais para a sequência do processo de aquisição do equipamento, que começou em fevereiro de 2013 e inclui a transferência irrestrita de tecnologia.

Os militares irão à cidade de Tula, a 200 quilômetros de Moscou, para ver o sistema Pantsir-S1 em ação em um campo de provas.

O chefe da Chefia de Logística do Ministério da Defesa, brigadeiro Gérson Machado, vai comandar a comitiva.

“Temos de fazer a verificação de requisitos operacionais em um campo de provas, onde todos os procedimentos são controlados e podem ser analisados com precisão. Teremos acesso aos dados e à telemetria”, explicou o brigadeiro.

O grupo ficará nove dias na Rússia e neste período vai colher informações para a elaboração do relatório que servirá de base para que o processo de aquisição de três sistemas Pantsir-S1 entre na fase contratual.

Na avaliação do brigadeiro, o cuidado com as observações se deve ao fato de que o acordo prevê a transferência irrestrita de tecnologia.

“São muitas as variáveis a serem levadas em conta. Não se consegue analisar tudo em apenas um único teste”, disse Machado.

De acordo com o ministério, a aquisição dos sistemas Pantsir-S1 tem o objetivo de atender a demanda das Forças Armadas para ter um sistema de defesa antiaérea de média altura, que servirá para abater alvos que transitam a partir de 10 mil metros.

Quando entrarem em funcionamento, os sistemas devem proteger estruturas estratégicas militares e civis, entre elas usinas hidrelétricas e instalações nucleares.

O emprego das baterias antiaéreas será de responsabilidade do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).

Os entendimentos entre os dois países na área de Defesa começaram em 2008, com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnico-Militar.

Em dezembro de 2012, a relação entre os dois países passou a ser regida pelo Plano de Ação da Parceira Estratégica, que prevê cooperação a longo prazo de interesse mútuo, nas parceiras industriais e na transferência de tecnologia.

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