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Temer teve encontro secreto com Ciro Nogueira, líder do PP

Encontro foi realizado dois dias depois de o presidente do PP anunciar que o partido permaneceria na base do governo


	Vice-presidente Michel Temer: encontro com líder do PP teria ocorrido dois dias depois de Nogueira anunciar que partido continuaria na base do governo.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vice-presidente Michel Temer: encontro com líder do PP teria ocorrido dois dias depois de Nogueira anunciar que partido continuaria na base do governo. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 09h32.

Brasilia - O vice-presidente da República, Michel Temer, teve uma conversa secreta com o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), na sexta-feira passada, dia 8, em São Paulo.

Ao contrário do que costuma fazer quando está na capital paulista, Temer não recebeu Ciro em seu escritório. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo apurou, os dois estiveram juntos a convite de um amigo comum que pediu para não ser identificado.

O encontro entre Temer e Ciro ocorreu dois dias depois de o presidente do PP anunciar que seu partido decidiu permanecer na base do governo. Atualmente a legenda comanda o ministério da Integração Nacional.

Negação

Por meio de mensagem de voz enviada à reportagem, Ciro Nogueira negou ter se encontrado com Temer. "Isso não tem a menor veracidade. Nem me lembro a última vez que estive com ele. Acho que era articulador político do governo", afirmou o senador.

A reportagem checou a informação com duas fontes que reafirmaram o encontro realizado em São Paulo.

Nos bastidores, porém, a conversa é outra. Ciro sinalizou que pode levar o partido a apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff se "fatos novos" surgirem até o fim da semana.

Pressão

O senador Ciro Nogueira tem sido pressionado pela bancada do PP. Até agora, apenas nove dos 48 deputados do partido afirmam que votarão contra o impeachment, segundo enquete do jornal O Estado de S. Paulo.

Vinte e cinco dizem que preferem a saída de Dilma do cargo - há oito indecisos e cinco não quiseram responder. No fim de semana, nove dos 24 diretórios da sigla anunciaram que vão defender voto contra a presidente.

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