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MG assina acordo com Coreia do Sul em tecnologia

Entidades mineiras assinaram memorando de entendimento com a Coreia do Sul, com o objetivo de desenvolver tecnologias para segmentos aeroespacial e de defesa


	Bandeira da Coreia do Sul: acordo ocorre dois dias antes da visita da presidente do país, Park Geun-hye, ao Brasil
 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Bandeira da Coreia do Sul: acordo ocorre dois dias antes da visita da presidente do país, Park Geun-hye, ao Brasil (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 23h12.

Belo Horizonte - A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e o Instituto Mineiro de Tecnologia da Informação (IMTI) assinaram memorando de entendimento com a Coreia do Sul, por meio da Korea Evaluation Institute of Industrial Technology (KEIT), órgão do Ministério de Comércio, Indústria e Energia do país.

O objetivo é desenvolver tecnologias para os segmentos aeroespacial e de defesa do Estado, com recursos de ambos os países.

O acordo ocorre dois dias antes da visita da presidente do país, Park Geun-hye, ao Brasil, quando a presidente Dilma Rousseff aproveitará o encontro para destravar a exportação de carne suína brasileira ao mercado sul-coreano, além de investimentos no setor automotivo, ciência e tecnologia e educação. "Um dos nossos interesses é desenvolver projetos de veículos aéreos não-pilotados (drones) no Brasil, tanto aviões quanto helicóptero, para serem aplicados no setor aeroespacial, robótica, agronegócio e saúde", disse o presidente do KEIT, Ki-Sub Lee, em evento na sede da Fiemg, na capital mineira. "A partir de hoje é estipular metas e fazer acontecer", completou.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Altamir Rôso, o acordo pode ajudar o governo a ter novas ações no projeto Aerotrópole, que se localiza perto do Aeroporto Internacional de Confins. Segundo ele, a expansão do centro urbano ao redor dos terminais de passageiros e de cargas com a atração de novas empresas continua, mas está em análise pelo novo governo. "Não tivemos ações efetivas no projeto Aerotrópole e estamos nesse momento reavaliando as diretrizes para assim o projeto se consolidar", declarou.

Drones

A assinatura do memorando foi intermediada pelo IMTI e que será responsável por acompanhar todas as medidas em desenvolvimento aplicadas em software, além de prospectar negócios para o Estado. De acordo com o diretor técnico do IMTI, Mauro Lambert Ribeiro do Valle, já há alguns projetos fechados a serem desenvolvidos no acordo.

O primeiro deles é o desenvolvimento de drones de médio porte para aplicações especiais, como combate a incêndios florestais ou pulverizações de lavouras. "O equipamento conseguiria carregar sacos de até 500 quilos e usará etanol como combustível. A empresa parceria brasileira será a Axel e a Coreia do Sul vai investir US$ 14 milhões. Serão necessários ainda um aporte adicional de US$ 45 milhões. "Já há empresários de Uberlândia (MG) interessados no equipamento", informou Valle. Segundo ele, em até três anos o produto poderá estar disponível no mercado a um custo menor do que um helicóptero de porte pequeno, de cerca de R$ 2 milhões.

Outro projeto a ser desenvolvido dentro do acordo de cooperação com a Coreia do Sul está um robô para trabalhos em plantações de café em regiões montanhosas, principalmente a colheita. "70% do café do Estado está nessas regiões e é difícil mão de obra para esse tipo de produção. Já temos garantidos US$ 2 milhões de recursos sul-coreanos e falta acharmos a empresa parceira no Brasil e mais US$ 1 milhão de aporte", explicou o diretor.

A previsão para o primeiro produto ficar disponível é de até dois anos, com um valor de cerca de US$ 200 mil. "Queremos fazer uma operação casada com o BNDES para financiamento do equipamento, porque o cafeicultor poderá contar com juros mais compatíveis com a sua realidade", disse.

Outros projetos englobam acessórios e roupas inteligentes para o setor de saúde e também novas tecnologias para medição de peso de cargas. "Em cada caso vamos discutir a questão da propriedade intelectual e o direto de comercialização", ressaltou.

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