Restrições no Santos Dumont: veja algumas das dúvidas sobre as mudanças (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 15 de junho de 2023 às 16h03.
Última atualização em 15 de junho de 2023 às 16h25.
Após meses de conversas com o governo em busca de uma solução para revitalizar o Aeroporto Internacional do Galeão, na zona norte do Rio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou na quarta-feira a proposta das autoridades fluminenses de restringir operações no Santos Dumont, no Centro da cidade.
Depois da reunião com o presidente, o prefeito Eduardo Paes informou que as únicas rotas que permanecerão no terminal localizado no Centro do Rio serão a ponte aérea para Congonhas, em São Paulo, e os voos para Brasília. Veja algumas das dúvidas sobre as mudanças.
Todos aqueles que liguem o Rio a cidades do exterior ou às cidades do país que não sejam São Paulo e Brasília. O Santos Dumont ficará limitado às pontes aéreas para a capital paulista e a capital federal.
Após a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, na quarta-feira, o prefeito Eduardo Paes disse que as restrições ao Santos Dumont poderiam passar a valer em janeiro, mas o cronograma oficial não está definido.
Numa primeira avaliação, Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria, considerou o prazo de janeiro factível, do ponto de vista operacional, dando tempo para que as companhias aéreas e a própria RIOGaleão, concessionária que opera o terminal, se preparem para um aumento de voos e fluxo de passageiros no aeroporto internacional.
Desde o início das discussões sobre como resolver a queda do fluxo de passageiros do Galeão, a prefeitura carioca e o governo fluminense sustentam que o problema passa pelo Santos Dumont. Por isso, defendem a limitação de voos no terminal central.
Nessa visão, a oferta de voos de média distancia saindo do Santos Dumont – único terminal de grande porte que sobrou sob administração exclusiva da Infraero, a estatal federal que geria todos os aeroportos do país antes do programa de concessões – seria a responsável pelo esvaziamento do Galeão.
O aeroporto internacional chegou a embarcar 17 milhões de passageiros em 2014, mas terminou o ano passado com quase 6 milhões. O Santos Dumont teve um fluxo de pouco mais de 10 milhões de passageiros no ano passado, acima do nível de 9,2 milhões de 2013. Esse movimento deixa o terminal no limite, já que sua capacidade máxima é de 9,9 milhões ao ano.
Segundo anunciou o prefeito Eduardo Paes após a reunião em Brasília, na quarta-feira, não poderá. Um dos objetivos da restrição aos voos partindo do Santos Dumont é justamente evitar voos internacionais no terminal, permitindo que o Galeão volte a ser um hub de distribuição de voos