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"Meu filho vivia momento mágico", diz ex-preparador Paulo Paixão

Preparador físico que morreu no voo da Chapecoense era filho do ex-preparador da seleção brasileira Paulo Paixão

Chapecoense: preparador estava na Chapecoense desde 2011, quando a equipe ainda jogava a série C (Paulo Whitaker/Reuters)

Chapecoense: preparador estava na Chapecoense desde 2011, quando a equipe ainda jogava a série C (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 12h09.

Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 19h16.

Porto Alegre - Entre os passageiros do voo que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia, para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, estava o preparador físico Anderson Paixão.

Ele é filho de Paulo Paixão, ex-preparador da seleção brasileira, e auxiliava Fábio Mahseredjian na seleção.

"A gente está paralisado. Não tem nada concreto, estamos na expectativa. Não tem voo para Chapecó, estou tentando ir para lá. O mais importante é a vida humana, a gente não pode individualizar. Estamos torcendo para que o maior número de gente possível tenha sobrevivido. É um momento mágico do clube, especificamente dele (Anderson), que está na seleção, alcançando os objetivos", disse Paulo Paixão, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Aos 39 anos, Anderson estava na Chapecoense desde 2011, quando a equipe ainda jogava a Série C do Campeonato Brasileiro. Ele chegou à seleção brasileira em 2014, sob o comando de Dunga, e se manteve na equipe com Tite.

"Acho que a situação traz reflexões, pessoas precisam refletir sua vida. Celebrar sua derrota, sua vitória. Toda e qualquer classe tem que celebrar a vida com respeito, carinho. num dia desses quem realmente não tem sentimento, esse está com vida, mas não vive", comentou o pai do preparador.

Biteco

Assim como Paulo Paixão, Guilherme Biteco também estava em Porto Alegre quando recebeu a notícia do acidente com o avião que transportava o irmão Matheus Biteco para Medellín. Em entrevista à Rede Globo, o jogador do Ceará lembrou o início dos dois no Grêmio e disse que a família ainda tem esperanças.

"A gente começou novo no Grêmio. Começou a chegar o profissional juntos. Ele estava muito feliz, tinha conquistado o sonho de ir para a seleção de base. Agente está até agora sem acreditar, torcendo para que o nome dele não saia nessa lista de mortos.

A gente sempre espera que um milagre possa acontecer", afirmou.

Revelado pelo Grêmio, Matheus chegou à Chapecoense para esta temporada, por empréstimo. Aos 21 anos, era reserva do time. No domingo, atuou na partida que deu ao Palmeiras o título brasileiro, com derrota por 1 a 0 no Allianz Parque.

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