Segundo os trabalhadores, na negociação atual, o Metrô está propondo apenas ajustar a remuneração de acordo com a inflação pelo índice IPC-Fipe nos salários e no VA e VR, sem aumento real (Sindicato dos Metroviários de São Paulo/Divulgação)
Clara Cerioni
Publicado em 29 de abril de 2019 às 21h27.
Última atualização em 29 de abril de 2019 às 21h51.
São Paulo — Após uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, os funcionários do Metrô de São Paulo decidiram adiar a paralisação geral que estava marcada para esta terça-feira (30). A data definida é 7 de maio.
A determinação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
A categoria tenta entrar em consenso sobre a Campanha Salarial de 2019. Eles defendem aumento salarial e melhores condições de trabalho.
Segundo os trabalhadores, na negociação atual, o Metrô está propondo apenas ajustar a remuneração de acordo com a inflação pelo índice IPC-Fipe nos salários e no VA e VR, sem aumento real.
"O Metrô mantém as medidas que atacam o plano de saúde, com cortes drásticos de verbas destinados ao plano, não apresentou nenhuma proposta ao plano dos aposentados, não quis negociar os critérios da Participação dos Resultados e negou a reivindicação de equiparação salarial", afirma um comunicado dos funcionários.
Protesto
Na audiência, o TRT determinou o cancelamento de punição aos trabalhadores que utilizam coletes e adesivos contra a Reforma da Previdência.
Em caso de descumprimento, o Metrô pagará R$ 20 mil por dia.
"Os trabalhadores decidiram um plano de lutas que inclui a continuidade do uso de coletes pelos trabalhadores da estação, tráfego e segurança e adesivos na administração e manutenção, realização de café com o usuário, dialogando sobre os a reforma da Previdência e aparticipação no 1º de maio unificado", diz um comunicado do sindicato.