Metrô de São Paulo: o fim da corrupção no metrô é uma das reivindicações do sindicato dos metroviários do estado (Mauricio Simonetti/EXAME.com)
Mariana Fonseca
Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 06h01.
São Paulo - A assembleia dos metroviários de São Paulo, realizada hoje (27) às 18h30, decidiu suspender a proposta de greve para amanhã (28). Um post no Facebook do sindicato afirma que, na reunião, "os metroviários decidiram suspender a greve, mantendo o estado de alerta devido às negociações que irão ocorrer nos próximos dias com a mediação do TRT".
Diferente de outras vezes, a proposta de paralisação para hoje foi caracterizada pela pouca divulgação do indicativo de greve, que já havia sido decidido no dia 23. O aviso repentino da possível cruzada de braços (agora rejeitada) deixou boa parte dos paulistanos surpresa.
Das várias reivindicações da categoria, a equiparação dos salários é uma das principais. Em comunicado na página do Facebook dos metroviários, o sindicato destacou que "cerca de mil funcionários ficaram sem equiparação salarial e muitos conseguiram apenas a equiparação parcial".
Outras demandas dos metroviários do estado são o fim da terceirização e um plano de carreira.
Corrupção
O sindicato também critica os escândalos de corrupção no metrô de São Paulo, que fazem parte do chamado "Trensalão" ou "Propinodutro".
De acordo com os metroviários, avalia-se que o valor desviado do Metrô e da CPTM chegue a 2 bilhões de reais, mas o rombo nos cofres públicos "pode ser bem maior". "Enquanto milhões são desviados, o número de furtos e roubos tem crescido no Metrô e na CPTM. Os furtos tiveram um aumento de 64% e os roubos (ação com violência) subiram 76%".
Resposta
Em nota, o Metrô de São Paulo lamentou a decisão do Sindicato dos Metroviários em marcar uma greve. Publicado no twitter, o comunicado da companhia ainda diz que o Metrô "mantém permanentemente reuniões com o Sindicato visando o entendimento e o cumprimento dos compromissos assumidos pelas partes".