Estação Sé do Metrô: a pesquisa concluiu que, quanto maior o tempo do deslocamento diário de casa para o trabalho, menos produtivo será o trabalhador (Luiz Aymar/Viagem e Turismo)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 09h40.
São Paulo – Estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostra que o metrô de São Paulo gera R$ 19,3 bilhões por ano na economia do país, o equivalente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). A pesquisa comparou dois cenários – com a presença do metrô e sem – e concluiu que, quanto maior o tempo do deslocamento diário de casa para o trabalho, menos produtivo será o trabalhador, o que gera efeitos negativos na economia.
“Quando [se] retira o metrô, o tempo de deslocamento aumenta e a produtividade cai. O PIB da cidade de São Paulo e de outras regiões do país é afetado. O Brasil perde competitividade, a arrecadação do governo é reduzida, as famílias têm menos renda e, portanto, consomem menos”, diz o estudo parcialmente divulgado hoje (5) e que será apresentado na íntegra no próximo dia 7.
A pesquisa, denominada A Economia Subterrânea: Monitorando os Impactos mais Amplos do Metrô de São Paulo – conduzida professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, Eduardo Haddad – mostra que, caso o metrô de São Paulo não existisse, a cidade de São Paulo deixaria de produzir R$ 6,15 bilhões (32% do total dos impactos econômicos avaliados).
O restante da região metropolitana deixaria de contribuir com a economia em R$ 2,17 bilhões (11%). Os demais municípios do estado de São Paulo perderiam R$ 2,29 bilhões (12%) e o restante do Brasil sofreria um impacto econômico negativo de R$ 8,7 bilhões (45%).
O metrô de São Paulo tem extensão de 74 quilômetros e 64 estações, transporta diariamente 4 milhões de passageiros e representa 20% das viagens em transportes públicos do município. Segundo o estudo, a quantidade de recursos que o metrô gera anualmente (R$ 19,3 bilhões) equivale a aproximadamente a 65% dos custos da construção de toda a rede de linhas e estações.