Metrô de São Paulo: músicas ambiente não farão mais parte da rotina dos usuários (Leandro Fonseca/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 08h56.
São Paulo - Alvo de queixa de parte dos usuários e mal visto pela cúpula do Metrô de São Paulo, o projeto que deixava música ambiente dentro dos vagões "demonstrou que não era viável" e "será descontinuado", segundo uma curta nota, de 14 palavras, divulgada nesta sexta-feira, 8, pela empresa.
Na nota, o programa "Metrô+Música", nome oficial, foi tratado como uma ação "experimental".
O projeto era uma tentativa da gestão Márcio França (PSB) de "humanizar" o Metrô e foi tocada a contragosto pelos engenheiros e especialista da empresa, que passaram anos fazendo campanhas para que os usuários usassem fones de ouvido para não incomodar os demais passageiros e coíbem a ação de músicos que tocam nos vagões em troca de caixinhas e contribuições.
As playlists, com cerca de 200 músicas de diversos estilos, era feita por uma empresa terceirizada, a iCult, que já tinha contrato com o Metrô. O cancelamento foi adiantado pelo site Diário do Transporte.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o ex-governador informou que "nunca houve manifestação contrária à iniciativa, que recebeu elogios dos usuário".
Segundo a nota, "a sugestão, acatada e nunca contestada, foi para humanizar o metrô e também promover o apoio à cultura."
No texto, a assessoria do governador cita que o secretário dos Transportes Metropolitanos de França foi o mesmo do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), Clodoaldo Pelissioni.
A nota aproveita para atacar a atual gestão: "Esta decisão (suspender as músicas) do atual Governo é política, assim como foi o aumento da passagem acima da inflação.