O consumo de entorpecentes ou de álcool em excesso pode ter um forte impacto negativo, potencializando as doenças psíquicas para as quais haja predisposição genética (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2012 às 15h44.
São Paulo - Um levantamento da Secretaria estadual da Saúde de São Paulo sobre o perfil de 1,3 mil dependentes em álcool e drogas tratados nos últimos três anos no Hospital Lacan, em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana, revelou que 51% deles apresentavam doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar e transtorno obsessivo-compulsivo.
Conforme informações no site da secretaria, entre os homens, o índice de pacientes com doenças psíquicas foi de 50,1%. Entre as pacientes mulheres o porcentual foi mais alto, de 56%. Segundo o coordenador da área de saúde mental da secretaria, Sérgio Tamai, o dado demonstra que os pacientes que sofrem desses transtornos são mais vulneráveis à dependência química. "Um indivíduo que sofra de depressão, por exemplo, tem chance mais elevada de tentar buscar drogas estimulantes ou abusar de bebidas alcoólicas", afirma o psiquiatra.
Em contrapartida, o consumo de entorpecentes ou de álcool em excesso pode ter um forte impacto negativo, que vai além da saúde física do indivíduo, potencializando as doenças psíquicas para as quais haja predisposição genética. De acordo com Tamai, está comprovado que indivíduos com predisposição genética para doenças psíquicas, como a esquizofrenia, aumentam em até sete vezes os riscos de desenvolvê-las, quando fazem o consumo de drogas.