O atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, é cotado para integrar o governo Dilma (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2010 às 17h40.
Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu nesta terça-feira a possibilidade de uma futura redução da meta de inflação do país.
Ao ser questionado se a meta, que hoje está em 4,5 por cento ao ano, poderia ser reduzida ainda no governo Dilma, ele respondeu: "acho que dá".
Falando a jornalistas, o ministro explicou que a redução da inflação estaria relacionada à intenção da presidente eleita Dilma Rousseff de reduzir o juro real a 2 por cento em 2014.
"Se nós queremos levar o juro real para 2 pontos percentuais é bom começar a trabalhar também para levar a inflação para 2 por cento ou 3 por cento", disse Bernardo. "Eu falo isso como uma coisa gradual, um processo."
Ele explicou que ao falar de uma meta menor de inflação não se referia a um ano específico.
Bernardo disse também que propôs a Dilma na segunda-feira uma ação que leve a um crescimento dos gastos públicos correntes menor do que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Com isso, segundo ele, em quatro ou cinco anos o volume de investimentos públicos poderia dobrar.
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