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Mesmo em crise, Sabesp paga R$ 504 mil de bônus a diretores

Ainda assim, bonificação total paga aos diretores no ano passado foi 11% menor do que em 2013


	Trabalhador da Sabesp caminha no chão rachado da represa de Jaguary: segundo o estatuto da Sabesp, o bônus "não está vinculado ao atingimento de metas estabelecidas"
 (Nacho Doce/Reuters)

Trabalhador da Sabesp caminha no chão rachado da represa de Jaguary: segundo o estatuto da Sabesp, o bônus "não está vinculado ao atingimento de metas estabelecidas" (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2015 às 21h49.

São Paulo - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pagou R$ 504 mil em bônus para os seis diretores em 2014, quando a crise hídrica foi deflagrada e a empresa iniciou racionamento de água velado para a população, com a redução da pressão e o fechamento da rede durante parte do dia.

Os dados constam do relatório de sustentabilidade de 2014, divulgado pela Sabesp no fim de março.

A bonificação total paga aos diretores no ano passado foi 11% menor do que em 2013, quando o valor chegou a R$ 566 mil.

O benefício representa acréscimo R$ 7 mil ao salário de R$ 20.590 dos executivos.

Segundo o estatuto da Sabesp, o bônus "não está vinculado ao atingimento de metas estabelecidas", como redução do índice de perdas de água ou aumento da coleta e tratamento de esgoto.

Ele "é pago desde que a companhia efetivamente apure lucro em período trimestral, semestral e anual e distribua aos acionistas o dividendo obrigatório", de 25% do lucro líquido do exercício.

Por causa da crise, o lucro registrado pela Sabesp em 2014 foi 53% menor do que no ano anterior, queda de R$ 1 bilhão. Ao todo, a estatal vai repassar R$ 252,3 milhões aos acionistas: 50,3% para o governo paulista e 49,7% para investidores nas bolsas de São Paulo e Nova York. Em 2013, o repasse do lucro obtido foi de R$ 537,5 milhões.

Em nota, a empresa afirma que o bônus pago aos diretores em 2014 se refere ao exercício de 2013, quando não havia crise hídrica. Segundo a estatal, o lucro é calculado ao final de cada ano e pago aos executivos no ano seguinte. A distribuição de bônus é limitada a seis vezes o valor do salário, ou 10% do lucro distribuído.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

*Texto atualizado às 21h49 para correção de informação

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