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Mesmo com bônus, 24% aumentam consumo de água em SP

Nível do Sistema Cantareira caiu para 13,4% da capacidade nesta segunda, o nível mais baixo da história


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 18h30.

São Paulo - Mesmo com o plano de bônus lançado há dois meses pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), 24% dos consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira na Grande São Paulo aumentaram o gasto com água em vez de reduzi-lo. Nesta segunda-feira, 31, o nível do principal manancial paulista caiu para 13,4% da capacidade, o nível mais baixo da história.

O índice de aumento do consumo foi divulgado pela Sabesp nesta segunda-feira durante o anúncio de ampliação do plano que dá desconto de até 30% na conta para quem reduzir o consumo em ao menos 20%. A partir desta terça-feira, 1º, o benefício valerá para as 31 cidades da Grande São Paulo abastecidas diretamente pela Sabesp. Até hoje, a medida valia apenas para 11 municípios que recebiam água do Cantareira.

Segundo a Sabesp, nesses dois meses de vigência da medida, 37% dos consumidores ganharam o bônus de 30% de desconto na fatura. Outros 39%, segundo a empresa, economizaram água, mas não atingiram o patamar mínimo de 20% de economia. Na semana passada, o diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato, disse que as famílias com padrão médio e alto não haviam aderido do programa.

A presidente da Sabesp, Dilma Pena, afirmou nesta segunda-feira que os condomínios, especialmente prédios, foram os que menos contribuíram para a campanha, já que, em muitos casos, a medição individual de cada apartamento se dilui na fatura geral. "As pessoas não têm um contato direto com a fatura da água. É uma explicação, mas não uma justificativa, porque todos sabem que estamos passando por um evento crítico inédito da história de São Paulo", disse.

O fato de não haver medição individualizada em muitos condomínios foi apontado por como um limitador do alcance do plano de bônus há dois meses por especialistas em recursos hídricos. Mas, segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), já foi possível reduzir o consumo em 4,1 mil litros de água por segundo com a medida nos últimos dois meses. Com a ampliação do bônus, que passa a valer para 17 milhões de pessoas, a meta é chegar a uma economia de 6 mil litros por segundo, o que equivale a mais de 518 milhões de litros de água por dia, segundo a Sabesp.

As cidades que terão o plano de bônus são: São Paulo, Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mogi das Cruzes (bairros da divisa), Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana de Parnaíba, São Bernardo do Campo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.

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