Protestos: manifestantes dizem que que continuarão parados até que as reivindicações sejam atendidas (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de maio de 2018 às 15h45.
Cuiabá, Salvador, Veranópolis - Caminhoneiros em Mato Grosso garantiram, logo após o anúncio do uso de forças nacionais para desmobilizar os manifestantes em todo o País, que continuarão parados até que as reivindicações sejam atendidas.
Dizem que não ficaram intimidados. Nesta sexta-feira, Mato Grosso conta, ainda, segundo a PRF, com 28 pontos de bloqueios na rodovias federais 070, 174, 158,364,163 e nas estaduais 358 e 480.
Tribunal de Justiça e Ministério Público não funcionaram depois que os dois órgãos dispensaram os servidores, por falta do combustível em vários postos da cidade.
No abastecimento a Ceasa anunciou que 30% dos boxes estão fechados por falta de produtos. Em Sinop, cerca de 80% dos postos estão sem combustível. A Secretaria de Segurança Pública informou que montou esquema especial para manter a segurança nas cidades mato-grossenses.
Apesar dos prejuízos alegados, diversos segmentos apoiam o movimento dos caminhoneiros. Em Lucas do Rio Verde, a prefeitura, CDL e ACES convocaram o comércio para reforçar o manifesto. Em Sorriso, o comércio fechou nesta tarde, por algumas horas. O Sindicato dos donos dos postos divulgou nota de apoio ao movimento e justifica: "o movimento representa o descontentamento com a insuportável carga tributária imposta e cobrada sobre todos os produtos e serviços".
Já em Salvador, com produtos perecíveis começando a faltar em virtude da corrida de consumidores aos supermercados temendo o desabastecimento, algumas das principais redes supermercadistas estão limitando a aquisição de produtos.
Na rede Walmart é possível a compra de até cinco unidades por produto. Já a rede GBarbosa informou que está limitando a compra a até 10 unidades por cliente. Segundo as empresas, a medida visa assegurar o atendimento a todos que procurarem os supermercados.
E na Serra Gaúcha, no município de Veranópolis, os reflexos da greve dos caminhoneiros já atingiu o setor da saúde. O Hospital Comunitário São Peregrino Lazziozi cancelou as cirurgias eletivas (não urgentes) que estavam marcadas para esta sexta-feira (25). A medida, conforme a instituição, foi necessária devido ao baixo estoque de oxigênio. A reserva do gás, essencial para a realização dos procedimentos cirúrgicos, acaba no domingo.