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Mercado vê 'apagão de dados' no BC com greve de servidores

Próxima reunião do Copom pode ter sua preparação afetada pelo movimento dos funcionários do órgão, que pedem um reajuste salarial de 26,6%

Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Sede do Banco Central do Brasil, em Brasília (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2022 às 08h25.

O mercado financeiro está no escuro com o "apagão de dados" do Banco Central, que deixou de publicar indicadores e projeções por causa da greve dos servidores. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no começo de maio, também pode ter sua preparação afetada pelo movimento dos funcionários do órgão, que pedem um reajuste salarial de 26,6%. Em média, um analista do BC ganha R$ 26,3 mil mensais.

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As decisões do Copom são embasadas em um conjunto de apresentações técnicas do corpo funcional do BC, que tratam da evolução e de perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados.

"O mercado está no escuro. Isso é verdade. Por outro lado, o BC já telegrafou a alta para 12,75% em maio (aumento de 1 ponto porcentual), o que fica mais incerto são os próximos passos", disse o economista Alexandre Schwartsman, que já esteve em uma das cadeiras do Copom.

O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Souza Leal, disse que o mercado acompanha a greve de "soslaio", dado que ainda falta tempo para a reunião. "Mas não é uma situação confortável, além de ser inédita."

Numa das maiores greves da categoria, no governo Lula, em 2007, ocorreram atrasos no Boletim Focus, mas a realização do Copom foi preservada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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