Tiggo, da Chery, é um dos exemplos de carros importados mais vendidos no Brasil (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
São Paulo - O dólar baixo e o consumo interno em alta fizeram a importação de veículos no Brasil alcançar, de janeiro a agosto, o melhor desempenho desde 1995. O salto foi de 150% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva).
O crescimento foi impulsionado pela chegada de dezenas de montadoras estrangeiras, especialmente chinesas, que passaram a apostar no mercado brasileiro. Em um ano, o número de empresas que exporta seus modelos para o Brasil dobrou.
Até o início de 2009, eram menos de 16 montadoras. Agora, são 30 - oito delas chinesas. Embora tenham pouco tempo de mercado e uma rede de revendas incipiente, essas empresas, juntas, já representam 12% dos 60,2 mil veículos importados entre janeiro e agosto.
"É um volume bem razoável, porque eles têm produtos que brigam com os populares, onde a faixa de consumidores é muito maior", afirma José Luiz Gandini, presidente da Abeiva e da Kia Motors - líder de vendas entre os importados, com 54% de participação. "É mais fácil vermos a expansão das chinesas do que a de uma BMW, que tem uma venda mais restrita."
A chegada de empresas como Chery, Chana, Effa Changhe, Lifan e Jinbei Automobile - todas da China - está mudando também o perfil do consumidor de carros importados no País. Até pouco tempo atrás, a classe AAA dominava esse mercado. "Agora, temos também o público do carro popular, que procura um veículo mais completo por um preço mais acessível", diz.
A primeira dessas chinesas a chegar ao Brasil foi a Chana, em 2006. Mas é a novata Chery, no País desde o ano passado, que tem abocanhado mercado com mais velocidade. A empresa estatal já tem 40 revendas no mercado brasileiro e planeja inaugurar mais 30 pontos até dezembro. A Chery vendeu 2,6 mil veículos este ano. O modelo mais barato é o Face, que sai por R$ 31,9 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
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