O coordenador dos grupos técnicos da transição de governo, Aloizio Mercadante, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 19 de dezembro de 2022 às 18h43.
Última atualização em 19 de dezembro de 2022 às 18h53.
O coordenador dos grupos técnicos da equipe de transição do governo federal, e indicado para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, se reuniu na manhã desta segunda-feira, 19, com a AFBNDES, a associação que representa os funcionários da instituição de fomento.
O presidente da AFBNDES, Arthur Koblitz, avaliou positivamente o encontro, que ocorreu em Brasília. Segundo o dirigente, Mercadante abriu diálogo com a associação.
"O que queríamos era a abertura para o diálogo", afirmou Koblitz ressaltando a disposição de Mercadante em discutir tanto "questões trabalhistas" quanto questões relacionadas à estratégia do banco.
"É um economista, que entende de problemas econômicos, e tem uma visão política e estratégica", completou o presidente da AFBNDES, que também é membro do conselho de administração do BNDES, na vaga destinada a um representante dos empregados.
Na reunião, os representantes da associação entregaram a Mercadante o documento "Desafios do BNDES e a Transição: Proposta de funcionários para a nova gestão", organizado pela AFBNDES com o apoio de técnicos da instituição de fomento.
Na terça-feira passada, 13, quando o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou a indicação de Mercadante para o BNDES, Koblitz avaliou a escolha positivamente. Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente da AFBNDES destacou que Mercadante, "um dos principais quadros do partido que vai governar o País", daria "prestígio" ao banco de fomento na política econômica.
Por trás do documento entregue ao futuro presidente do banco, está a intenção da AFBNDES de defender uma agenda para a atuação do BNDES na política econômica. Segundo Koblitz, os pontos principais da agenda são a interrupção do processo de pagamento antecipado da dívida do banco de fomento com a União e um papel mais ativo do BNDES no financiamento aos investimentos na "reindustrialização" do País e na melhoria da infraestrutura.
Para isso, será preciso oferecer ao banco de fomento algum "instrumento" de incentivos, com mudanças na Taxa de Longo Prazo (TLP), os juros cobrados nos financiamentos do BNDES, disse Koblitz na semana passada.
Segundo o presidente da AFBNDES, Mercadante não deu indicações de mudanças que poderá levar a cabo nas políticas do BNDES. O futuro presidente prometeu se manter aberto ao diálogo e sinalizou com uma visita à associação quando começar a trabalhar no banco.