Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do Partido dos Trabalhadores (Wilson Dias/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de novembro de 2022 às 18h44.
O coordenador de grupos temáticos da equipe de transição, ex-ministro Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta, 23, que há grave comprometimento das atividades de segurança pública diante da crise orçamentária.
Segundo ele, o contingenciamento anunciado nesta terça, 22, de outros R$ 5,6 bilhões, prejudicará ainda mais a execução de tarefas realizadas pela forças de segurança. As declarações foram feitas no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Faltam recursos para emissão de passaportes, o que já é conhecido, mas há várias dimensões nesta crise. Também faltam recursos para a manutenção de viaturas", disse.
Mercadante ainda declarou que também são necessários recursos para combater o desmatamento e o garimpo ilegal na Amazônia. Segundo ele, a região é uma espécie de "interruptor que liga a luz internacional do Brasil".
"O crime organizado se internacionalizou e tem forte presença na Amazônia. O narcogarimpo. Isso tem que ser uma preocupação do governo", disse.
Sem a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tirar do teto de gastos o Bolsa Família, haverá uma crise orçamentária em 2023, disse Mercadante.
O coordenador da transição também declarou que diariamente coletivas de imprensa serão realizadas pelos grupos técnicos para esclarecer os temas debatidos. Na próxima sexta-feira, 25, às 11h, ocorrerá uma coletiva do grupo de Saúde.
LEIA TAMBÉM:
Mercadante explica grupos de transição e diz que tamanho não pode atrapalhar entregas
Tasso apresenta PEC alternativa com ampliação de R$ 80 bi no teto em 2023