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Menina de 13 anos com coronavírus em SP é aluna do colégio Bandeirantes

A menina não voltou às aulas e também não apresentou nenhum sintoma da doença

Brasil: casos do coronavírus chegaram a nove (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Brasil: casos do coronavírus chegaram a nove (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de março de 2020 às 11h06.

A adolescente de 13 anos infectada pelo coronavírus é estudante do Colégio Bandeirantes, na zona sul de São Paulo.

A escola, uma das mais tradicionais da capital, enviou comunicado aos pais para tranquilizá-los sobre a situação. A estudante não frequentou as aulas desde que voltou da viagem à Itália. A menina ainda não apresentou nenhum sintoma da doença e está sendo observada em casa.

A confirmação do coronavírus nela foi feita pelo ministério na quinta-feira, 5, depois de uma controvérsia sobre como classificar o caso, pois ela não apresentou sintomas da doença. Depois de uma reunião com especialistas, o ministério decidiu considerar o caso como confirmado.

 

Segundo Mauro Aguiar, diretor do Bandeirantes, a família retornou da Itália no domingo e, mesmo sem apresentar sintomas, procurou atendimento médico no Hospital Beneficência Portuguesa para realizar testes do coronavírus. As amostras coletadas foram encaminhadas ao laboratório Fleury.

Os exames dos pais e do irmão da jovem foram negativos. Apenas o dela foi positivo. "Os pais são médicos e foram muito prudentes em procurar um hospital assim que chegaram ao Brasil", contou. "A família faz questão de reforçar que a filha só voltará às aulas quanto tiver alta e não houver mais nenhum risco de contágio", informa o comunicado enviado pela escola.

Na Itália, a jovem sofreu um acidente leve ao esquiar e precisou ser atendida em um hospital, onde a família suspeita que pode ter sido infectada. Como tomou medicamentos para a lesão, os médicos acreditam que possam ter mascarado os sintomas do coronavírus.

Rotina escolar

Segundo Aguiar, não há motivo de preocupação para os demais alunos uma vez que a jovem está em casa e não frequentou a escola após a viagem. Ele disse que a decisão de enviar um comunicado aos pais foi para evitar pânico e não criar constrangimentos à adolescente quando retornar ao colégio. "A maioria dos pais compreende a situação, os alunos também estão bem informados. Não acredito que haverá nenhum problema ou pânico", disse o diretor.

Na semana passada, ao menos cinco colégios particulares de São Paulo enviaram informes aos pais e alunos, recomendando quarentena em casos de famílias que voltaram de países atingidos pela doença ainda que não apresentem nenhum sintoma.

O pedido, no entanto, vai contra a orientação do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais, que não recomendam o isolamento ou quarentena de pessoas que não tenham apresentado sintomas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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