Atendimento: é preciso cuidar do paciente por toda vida, não só em um episódio, diz médico (Martin Barraud / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2014 às 16h12.
São Paulo - O terceiro debate dos Fóruns Estadão Brasil 2018 foi dedicado à saúde. Realizado na manhã desta quarta-feira, 16, na sede do Insper, parceiro educacional do projeto, reuniu especialistas dos setores público e privado para discutir alternativas para uma área que responde por 9% do Produto Interno Bruto brasileiro e reúne um rosário de queixas de pacientes, médicos, seguradoras, operadoras de planos de saúde e áreas do governo.
A mais complexa diz respeito à maneira como o Sistema Único de Saúde e a área de saúde suplementar se relacionam.
"Houve muitos avanços nos últimos 25 anos, desde o início do SUS", afirmou Naercio Menezes Filho, do Centro de Políticas Públicas do Insper e moderador da primeira mesa, que tratou do sistema público.
"O atendimento melhorou e registrou-se queda na mortalidade infantil. Porém ainda há problemas a serem resolvidos."
Entre as questões levantadas pelos debatedores estavam a necessidade de ampliar a eficiência dos gastos, reduzir a falta de médicos no setor público, resolver as filas de exames e equacionar a questão demográfica, em especial o envelhecimento da população, que demanda tratamentos mais custosos e diferenciados.
"Temos de construir modelos assistenciais horizontais, que não atendam só episódios, mas o paciente ao longo de toda a vida", afirma Gonzalo Vecina Neto, do Hospital Sírio-Libanês e da Faculdade de Saúde Pública da USP. "Precisamos construir uma vontade social para que isso ocorra, devemos ampliar o debate."Melhorar gestão é meta para sistema de saúde