Meirelles: entre os temas de interesse dos deputados está o panorama sobre a dívida pública do país e o peso da Previdência (Adriano Machado/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2017 às 06h38.
Última atualização em 8 de novembro de 2017 às 07h29.
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles vai hoje à Câmara dos Deputados debater os panoramas para o futuro da economia no país. Ele participa de uma audiência nas comissões de Finanças e Tributação; de Fiscalização Financeira e Controle; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços.
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Entre os temas de interesse dos deputados está o panorama sobre a dívida pública do país e o peso da Previdência. O tema não poderia ser mais quente – ou frio, a depender do ponto de vista.
Ontem, o presidente Michel Temer praticamente desembarcou do compromisso com fazer a reforma ainda em 2017 ao dizer que vai insistir no tema, mas que “sozinho, o governo não tem condições de aprovar a reforma da Previdência”.
O efeito foi imediato, com o Ibovespa caindo 2,55% ao longo do dia, e fazendo Temer tentar uma retratação num vídeo divulgado na noite de ontem, em que diz que toda sua “energia” está concentrada em aprovar a reforma.
Mas o líder do PMDB no Senado, Raimundo Lira (PB), também admitiu que o presidente disse, em um encontro com senadores, que tem como meta a idade mínima, mas que a reforma completa deverá ficar para o próximo governo.
Com o vai e vem do presidente, Meirelles à Câmara como o homem mais otimista de Brasília. Isso porque, a despeito do que acontece no final da Esplanada dos Ministérios, onde fica o Planalto e o Congresso e não há vivalma que acredite que a reforma vá seguir em frente, o ministro diz que não vai recuar. Para ele, o assunto é inevitável e se trata de uma questão matemática e não de vontade política.
Como os deputados devem deixar claro para Meirelles hoje na Câmara, em Brasília, tudo é uma questão de política. Inclusive, como se sabe o discurso de Meirelles em favor da reforma, de olho numa candidatura em 2018.