Henrique Meirelles: o ministro reiterou que o projeto como está hoje assegura 76% das economias fiscais na comparação com o texto original proposto pelo governo (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de maio de 2017 às 17h17.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse a jornalistas nesta quinta-feira, 4, que o projeto de reforma da Previdência não pode ser "fundamentalmente alterado" daqui para frente.
Até agora, apesar das concessões, o texto mantém "parte relevante" das medidas propostas originalmente pelo governo, ressaltou ele após fazer palestra em evento do Banco Mundial em São Paulo.
Meirelles reiterou que o projeto como está hoje assegura 76% das economias fiscais na comparação com o texto original proposto pelo governo.
O ministro voltou a enfatizar que o Brasil é uma democracia e, por isso, negociações com o Congresso eram esperados.
"Prevalece o estado de direito e a negociação com o Parlamento, como em qualquer país do mundo, é uma necessidade democrática", disse ele, ressaltando que as mudanças das regras previdenciárias repercutem em toda a população.
O nível atual de mudanças do texto da reforma da Previdência, ressaltou Meirelles, está dentro do padrão internacional.
"Está dentro das nossas expectativas", afirmou, destacando que se o projeto for aprovado como está hoje, "obedece integralmente" as diretrizes fiscais do governo.
Os cerca de 25% de perda da economia em relação ao projeto esperado estavam dentro da margem prevista pelo Planalto, completou.
"O projeto mantém a parte relevante das medidas que propusemos." Meirelles disse ainda que para resolver a questão fiscal brasileira, a Previdência por si só não é suficiente, mas o país precisa voltar a crescer.
Questionando sobre a possibilidade de o governo ter que fazer novas concessões daqui para a frente, Meirelles disse que a expectativa do governo é que, uma vez aprovado o texto na comissão especial, "as alterações posteriores não sejam substanciais".