TEMER E MEIRELLES: Nesta terça-feira, o atual presidente deve abrir caminho ao ex-ministro e retirar definitivamente da mesa sua pré-candidatura à Presidência / Ueslei Marcelino/ Reuters
EXAME Hoje
Publicado em 22 de maio de 2018 às 06h19.
Última atualização em 22 de maio de 2018 às 08h38.
O MDB lança nesta terça-feira o documento “Encontro com o Futuro”, com as propostas de governo do partido para as eleições de 2018. Mais do que o simples anúncio de diretrizes, a marca que fica é da consolidação do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como pré-candidato ao Palácio do Planalto. Espera-se que o presidente Michel Temer aproveite a ocasião para retirar, de vez, seu nome da disputa.
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Temer viu o óbvio: seu nome não tem qualquer chance nas urnas e não deve ganhar popularidade em um futuro próximo. Desde que ventilou à imprensa que tinha a intenção de disputar a eleição, viu intensificarem-se o desgosto do eleitorado, por meio da rejeição em pesquisas de opinião, e a velocidade de denúncias no inquérito dos Portos, mais uma investigação de esquema de corrupção que leva a “grife” Temer nos autos.
Na última pesquisa CNT/MDA, mais recente levantamento de popularidade do governo, a aprovação à gestão teve 4,3% dos votos. O Planalto é rejeitado por 71,2% dos entrevistados, pequena alteração dentro da margem de erro em relação ao último levantamento. Os números horripilantes, entenderam os emedebistas, prejudicam o deslanchar de uma candidatura ou mesmo a formação de uma aliança competitiva com partidos como PSDB ou DEM.
O ministro Meirelles segue com 1% das intenções de voto, mas bate na tecla de seu potencial de crescimento. Já se sabe apenas que terá ajuda de Elsinho Mouco em sua pré-campanha. O marqueteiro de Temer terá a inusitada missão de apagar o nome do presidente das sondagens que envolvam o ex-ministro. A ofensiva que se inicia hoje testará a viabilidade de Meirelles. O partido tem até junho, na convenção nacional, para decidir se será protagonista da chapa presidencial governista ou volta ao segundo plano.