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Meirelles: estímulos dos EUA piorariam fluxo de capital

Henrique Meirelles também defendeu que as reuniões do G20 em outubro e novembro sejam utilizadas para abordar a questão do câmbio

Henrique Meirelles, presidente do Banco Central: desequilíbrios no câmbio impedem desempenho da economia mundial (.)

Henrique Meirelles, presidente do Banco Central: desequilíbrios no câmbio impedem desempenho da economia mundial (.)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2010 às 08h47.

Londres - Medidas de estímulo adicionais nos Estados Unidos irão intensificar a entrada de capital que muitas economias emergentes já tentam controlar.

A afirmação foi feita pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nesta quinta-feira.

Embora seja benéfica para a economia norte-americana, a segunda rodada de estímulos sendo considerada pelo Federal Reserve poderia "acentuar a liquidez e o excesso de ingressos (globais)", disse Meirelles à Reuters Insider TV.

"Nós não podemos simplesmente permitir que as nossas economias sejam desequilibradas enquanto permitimos que outras economias sejam equilibradas", afirmou.

Meirelles defendeu que as reuniões do G20 em outubro e novembro deveriam abordar a questão, pois os desequilíbrios estariam impedindo que a economia mundial tenha um desempenho no "nível ótimo".

"Nós poderíamos concordar em um conjunto de ações em que todo país leve em consideração o que os outros países estão fazendo."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na segunda-feira que o mundo vive atualmente uma "guerra cambial", em que os governos manipulam as taxas de câmbio para melhorar a competitividade de suas exportações.

O dólar chegou a cair abaixo de 1,700 real nesta quarta-feira pela primeira vez no ano, elevando o risco de uma bolha se formar devido à forte entrada de capital.

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