BOLT: o velocista jamaicano conquistou ontem seu oitavo ouro olímpico / Dominic Ebenbichler/ Reuters
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2016 às 06h59.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h06.
40 empresas de fachada
Pelo menos 40 empresas de todo o Brasil podem ter sido usadas para lavar dinheiro na campanha de Dilma Rousseff em 2014, segundo um levantamento do Tribunal Superior Eleitoral ao qual a revista VEJA teve acesso. A lista inclui gráficas fantasmas e até um casebre de madeira. Na prestação de contas, todas elas aparecem como prestadoras de serviços. No total, receberam 55 milhões de reais considerados suspeitos pela Justiça Eleitoral. A Pólis Propaganda e Marketing, dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, recebeu outros 78 milhões de reais. O coordenador de campanha de Dilma disse que as contas já foram apreciadas e aprovadas pelo Tribunal.
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Mea culpa
A presidente afastada Dilma Rousseff reconheceu nesta quinta-feira, em entrevista a agências de notícias internacionais, erros na política e na economia durante seu mandato. Ela afirmou que reduções de impostos que beneficiaram alguns setores empresariais não beneficiaram a economia. E voltou a afirmar que, no campo político, errou na escolha do vice-presidente. Dilma voltou a afirmar que é vítima de um golpe, mas garantiu que vai participar de todas as oportunidades para discutir e se defender para “ampliar” a democracia.
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Batendo em bêbado
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal, saiu em defesa da Lei da Ficha Limpa. A legislação foi duramente criticada pelo ministro Gilmar Mendes nesta quarta-feira — segundo ele, o texto é tão ruim que parece ter sido escrito por bêbados. Para Barroso, a lei é boa e “nós devemos continuar a aplicá-la”. “É uma lei que atende algumas demandas importantes da sociedade brasileira por valores como decência política e moralidade administrativa”, disse Barroso, sem citar diretamente Mendes. Na quarta-feira 17, Barroso foi voto vencido quando o tribunal decidiu que cabe às assembleias legislativas estaduais a palavra final sobre a conta dos candidatos.
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Samarco terá de pagar
A Justiça manteve a decisão liminar contra a mineradora Samarco para ela arcar com 20,2 bilhões de reais para recuperar o rio Doce, atingido pelo rompimento de sua barragem em Mariana (MG) em novembro de 2015. Em nota, a mineradora Vale, dona da Samarco em parceria com a anglo-australiana BHP Billiton, informou que cumprirá todas as obrigações previstas.
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CCX: venda frustrada
As ações da mineradora CCX Carvão da Colômbia despencaram 35,5% nesta quinta-feira após a frustração de investidores com a venda de seus ativos à empresa turca Yildirim. A CCX, única das empresas X que continua sob o comando de Eike Batista, comunicou que, após três anos, finalmente fechou o acordo para venda, mas, em vez dos 125 milhões de dólares propostos pela Yildirim em janeiro de 2014, a empresa pagará apenas 45 milhões de dólares. O montante inclui os 30 milhões de dólares já pagos à CCX quando houve a assinatura do contrato.
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Cessar-fogo na Síria
Mesmo depois de divulgar um vídeo em que aviões soltam bombas sobre a cidade síria de Alepo, a Rússia afirmou que apoiará um cessar-fogo de 48 horas no início da próxima semana, após reunião de diplomatas russos com a Organização das Nações Unidas nesta quinta-feira. Os conflitos em Alepo intensificaram-se nas últimas semanas com as ações incisivas do Exército russo, que, com apoio do governo sírio, fechou uma das principais vias de acesso à área rebelde da cidade. O cessar-fogo possibilitará que grupos humanitários levem ajuda aos 2 milhões de pessoas que vivem no local, cujo suprimento de água foi danificado após os bombardeios. O anúncio acontece no mesmo dia em que outro vídeo vem causando comoção ao redor do mundo ao mostrar o menino Omran Daqneesh, de 5 anos, tentando limpar seu rosto ensanguentado enquanto é resgatado de um prédio bombardeado na capital síria.
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Aumento de Macri barrado
A Suprema Corte da Argentina barrou nesta quinta-feira um aumento de quase 1.000% nos preços do gás no país, em vigor desde o início deste ano — quando o governo do presidente Mauricio Macri retirou subsídios de energia, gás e transporte, fixados no governo da ex-presidente Cristina Kirchner. O episódio foi uma grande derrota para o governo, que apostava no dinheiro extra para diminuir o déficit da economia do país, que fechou em 6,1% do PIB em 2015 — segundo Macri, os subsídios representam quase metade do déficit. Contudo, o fim dos subsídios foi alvo de dezenas de protestos entre a população argentina, e um aumento nos preços da energia ainda está à espera liberação da Justiça.
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Rombo de 200 milhões
O comitê de organização do Rio 2016 disse que será necessário o aporte de dinheiro público para as contas fecharem. A necessidade foi admitida depois que foi derrubada uma liminar judicial que impedia os organizadores de receber dinheiro público enquanto não houvesse total transparência com as contas. Segundo o diretor de comunicação do Rio 2016, Mario Andrada, o dinheiro será usado para as paralimpíadas. “As contas do Rio-2016 são públicas. Ao fim, os Jogos devem ter custado metade do que os de Londres. Estamos mostrando que é possível fazer isso”, disse Andrada.
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Vitórias e derrotas
Sob chuva em Copacabana, Alison e Bruno Schmidt derrotaram a dupla italiana Paolo Nicolai e Daniele Lupo por 2 a 0 e conquistaram a medalha de ouro no vôlei de praia masculino. Foi o segundo ouro do Brasil na quinta-feira. O primeiro veio na vela. Kahena Kuntz e Martine Grael venceram a última regata e foram ouro na categoria 49er FX. Martine é filha de Torben Grael, maior medalhista olímpico do país. Na canoagem de velocidade, Isaquias Queiroz terminou a prova dos 200 m em terceiro e ganhou sua segunda medalha no Rio. Isaquias agora é o quinto de um seleto grupo de brasileiros que venceu duas medalhas em uma mesma edição das olimpíadas. Além deles, apenas outros dois estão vivos, os nadadores Cesar Cielo e Gustavo Borges.
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O mito cresce
O velocista jamaicano Usain Bolt aumentou sua coleção de medalhas olímpicas para oito ouros ao vencer a final dos 200 metros rasos na noite desta quinta-feira. Ele dominou a prova do começo ao fim e cruzou a linha de chegada em 19s78. A prata foi para o Canadá e o bronze para a França. Bolt agora é o primeiro atleta tricampeão olímpico dos 100 e dos 200 metros rasos. Na noite desta sexta-feira, ele tenta seu nono ouro na final do revezamento 4 x 100m. O Brasil também estará na final.