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Mauro Cid, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro: saiba quem são os ex-ajudantes de Bolsonaro presos

Operação Venire prendeu seis pessoas nesta manhã por inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde; entre eles, o secretário de governo de Duque de Caxias

Todos os citados foram com o ex-presidente em seu autoexílio de três meses em Orlando, na Flórida (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Todos os citados foram com o ex-presidente em seu autoexílio de três meses em Orlando, na Flórida (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 3 de maio de 2023 às 09h55.

Última atualização em 3 de maio de 2023 às 09h56.

Seis pessoas que fizeram parte do governo de Jair Bolsonaro (PL) foram presas na manhã desta quarta-feira na Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal (PF), para apurar a inserção de dados falsos referentes à vacinação contra a Covid-19. Entre os detidos em Brasília, estão os ex-funcionários Mauro Cid, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro. Outro assessor, Marcelo Câmara, é alvo de busca e apreensão. Todos os citados foram com o ex-presidente em seu autoexílio de três meses em Orlando, na Flórida.

Cid tem um histórico de relacionamento com o ex-presidente que vem de família. Ajudante de ordens de Bolsonaro durante o seu governo, Mauro Cid é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-presidente no curso de formação de oficiais do Exército. Desde esse período, Bolsonaro mantém uma amizade com Lourena Cid.

Veja quem são os ajudantes de Bolsonaro

Mauro Cid ascendeu na carreira no governo passado, quando foi promovido a tenente-coronel. Seu nome ganhou notoriedade durante o escândalo das joias da Arábia Saudita, revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. O ex-ajudante tentou reaver o primeiro conjunto, avaliado em R$ 16,5 milhões em duas ocasiões.

O policial militar Max Guilherme continuava próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mesmo após o fim de seu mandato. Nesta segunda-feira, o segurança esteve com o ex-chefe do Executivo na Agrishow, maior feira agrícola do país que ocorreu em Ribeirão Preto (SP). Em suas redes sociais, ele divulgou registros de Bolsonaro no interior paulista.

Ex-sargento do Bope, o segurança do ex-presidente estava com Bolsonaro em quase todas suas agendas recentes. Em 27 de abril, chegou a compartilhar uma foto dos dois almoçando macarrão instantâneo.

Já Sérgio Cordeiro fez parte da equipe de segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro e era dono do imóvel onde o ex-presidente fazia suas lives semanais.

— Eu vou falar: as lives estão sendo feitas na casa do capitão Cordeiro, tá? Agora, você pode ver a despesa que eu tenho para deslocar. Me ajuda aí: quantos carros? Dez carros, pessoal? Oito carros. Oito carros. Quantas pessoas? Somando van, certo? De 20 a 30 pessoas. Até então é uma despesa enorme que a gente tem — disse Bolsonaro a jornalista no Alvorada.

O quarto preso revelado é o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. O deputado federal Gutemberg Reis (MDB), irmão do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, é alvo de busca e apreensão.

De acordo com a investigação da Polícia Federal, a suposta falsificação do certificado de vacinação tinha como objetivo viabilizar a entrada nos Estados Unidos de Bolsonaro, familiares e auxiliares do ex-presidente, driblando as exigências da imunização obrigatória.

Os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.

Segundo a PF, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19

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