Carlos Marun: secretário disse que o Planalto não trabalha com a hipótese de uma nova denúncia contra Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 29 de março de 2018 às 19h17.
Última atualização em 29 de março de 2018 às 19h19.
Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, criticou o que chamou de abusos e coincidências na operação desta quinta-feira que prendeu temporariamente dois antigos auxiliares e amigos do presidente Michel Temer.
A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira o ex-assessor especial da Presidência José Yunes e o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, entre outras pessoas, aumentando a pressão sobre o presidente no âmbito do chamado inquérito dos portos.
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Marun disse que não acredita em coincidências, que quando o Brasil reage economicamente surgem "flechas envenenadas" dirigidas ao presidente.
Para o ministro, estão buscando coisas de muitos anos atrás porque não encontraram nada no inquérito dos portos, no qual Temer é investigado sob suspeita de ter beneficiado a empresa Rodrimar.
Marun disse que o presidente está muito mais tranquilo do que imaginava e que o Planalto não trabalha com a hipótese de uma nova denúncia contra Temer, já que ela seria absolutamente inconstitucional, na opinião dele.