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Marun: Temer quer ouvir MDB sobre projeto de candidatura própria

Presidente participará de encontros com representantes de diretórios estaduais do partido para discutir estratégias eleitorais

Marun: "O projeto mesmo é uma candidatura que defenda e dê continuidade ao trabalho que estamos realizando" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Marun: "O projeto mesmo é uma candidatura que defenda e dê continuidade ao trabalho que estamos realizando" (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 24 de abril de 2018 às 19h47.

Última atualização em 24 de abril de 2018 às 22h41.

O presidente Michel Temer quer "sentir" o partido para avaliar o projeto de uma candidatura do MDB que defenda o governo, colocando-se inclusive como nome para a disputa, disse nesta terça-feira o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.

Para tanto, serão promovidos encontros com representantes dos diretórios estaduais. No primeiro deles, nesta noite, Temer deve se reunir com um grupo de nove dirigentes partidários para colher opiniões de emedebistas sobre o cenário político eleitoral e apoios não serão "desprezados".

"O jantar de hoje tem caráter político, nós vamos tratar de política, tratar de eleições. O presidente quer colher sugestões, quer sentir o partido. É nesse objetivo, é uma atividade essencialmente político-partidária", disse Marun, acrescentando que devem ser realizado mais dois encontros com grupos pequenos de dirigentes justamente para que o presidente possa ter uma conversa "franca" e para que correligionários possam tecer opiniões sem "pressa".

"O projeto do presidente Temer é esse projeto da candidatura de governo. Ele se predispõe a ser ele o candidato... é uma disposição do presidente, mas o projeto mesmo é uma candidatura que defenda e dê continuidade ao trabalho que estamos realizando", afirmou, classificando como "minoritárias" as divergências partidárias que discordam desse plano.

Marun se esquivou de declarar que o jantar desta terça servirá para Temer pedir apoio, mas ao descrever que a conversa será sobre o contexto político admitiu que "obviamente" não há como "desprezar" apoio.

O ministro descartou por ora a possibilidade de aliança com o pré-candidato pelo PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

"O meu sentimento é de que o presidente (do PSDB) Alckimn, para que viesse a se tornar candidato desse projeto político que estamos aí empreendendo, ele teria que ter posições mais claras em relação ao que nós já fizemos e o que pensamos em fazer", disse.

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