Carlos Marun: "Nós temos um cabedal de realizações, um conjunto de sucesso neste governo e temos um rumo a apresentar para nosso País que vai levar nosso candidato ao segundo turno" (José Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de março de 2018 às 18h00.
Brasília - Enquanto a candidatura à reeleição do presidente Michel Temer começa a ganhar força no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que integra a chamada tropa de choque do governo, disse nesta quinta-feira, 22, acreditar que, caso Temer decida ser candidato, ele estará no segundo turno.
"Se o presidente Temer definir por ser candidato, tenho a mais absoluta certeza de que ele estará no segundo turno", afirmou o ministro em coletiva no Palácio do Planalto.
Segundo Marun, mesmo que não seja o presidente, o candidato governista também teria sua vaga assegurada no segundo turno da disputa. "Nós entendemos que o candidato de governo vai disputar o segundo turno. Este é nosso entendimento. Nós temos um cabedal de realizações, um conjunto de sucesso neste governo e temos um rumo a apresentar para nosso País que vai levar nosso candidato ao segundo turno. Contra quem eu não sei", completou.
Mais cedo, em entrevista para a rádio Caraíbas, de Irecê (BA), o presidente Michel Temer repetiu que avalia ser candidato à reeleição. "Eu estou pensando nisso, não é improvável, mas ainda estou pensando nessa matéria", disse Temer.
O ministro disse ainda que não tinha uma posição firmada em relação ao julgamento que acontece nesta tarde no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o habeas corpus preventivo apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar a prisão após a condenação em segunda instância.
"Eu não tenho posição firmada, eu Carlos Marun, em relação à prisão do ex-presidente Lula sem que esteja consumado o trânsito em julgado da sentença, que só aconteceria de fato em terceira instância. Não tenho posição sobre isso", disse. "Apesar de que não tenho também uma posição clara em relação de que condenado em segunda instância não pode ser preso", ponderou.
Para Marun, o fato principal em relação a Lula é que, em sua avaliação, o ex-presidente está inelegível. "Quanto isso eu tenho a mais absoluta convicção", disse. "O que eu penso neste momento, se o presidente Lula deve ou não ser preso, eu não tenho esta posição. Agora, penso que ele é inelegível nas próximas eleições", completou.
O ministro disse ainda que "obviamente" a saída de Lula da disputa eleitoral tem impacto em todo o processo e acredita que o PT começará a busca por votos "com uma força menor".
"Pelo menos inicialmente a força da candidatura do PT será menor do que seria no caso do representante do PT ser o ex-presidente Lula", afirmou. Para Marun, não há ainda uma definição clara para onde irão ao votos que seriam destinados a Lula. "É possível que algum desses votos que hoje sinalizam se dirigirem ao presidente Lula sejam distribuídos para outros candidatos. Alguns até de forma surpreendente. Pode migrar da esquerda para direita", avaliou.