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Marta Suplicy: quem é a vice de Guilherme Boulos

A ex-prefeita de São Paulo, entre 2001 e 2015, Marta Suplicy (PT) foi a escolhida para ser a vice-prefeita na chapa com o candidato do PSOL

Marta é considerada um "trunfo" da campanha de Boulos pela experiência de comando na capital paulista e pela popularidade de sua gestão nas periferias (Redes Sociais/Reprodução)

Marta é considerada um "trunfo" da campanha de Boulos pela experiência de comando na capital paulista e pela popularidade de sua gestão nas periferias (Redes Sociais/Reprodução)

Publicado em 11 de setembro de 2024 às 14h45.

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Na disputa pela prefeitura de São Paulo nesta eleição de 2024, a escolhida para dividir a chapa como vice do deputado federal e candidato Guilherme Boulos (PSOL), a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) é vista como um "trunfo" da campanha de Boulos pela experiência de comando na capital paulista, entre 2001 e 2004, e pela popularidade de sua gestão principalmente nas periferias.

Nascida na capital paulista, Marta Suplicy é psicóloga e sexóloga de formação e chegou a apresentar o quadro Comportamento Sexual, na TV Mulher, com o qual ganhou projeção nacional. Tem 79 anos e foi casada com o hoje deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) por quase quatro décadas. É mãe dos músicos Supla e João Suplicy e atualmente é casada com o empresário Márcio Toledo.

Trajetória política de Marta Suplicy

Antes de ser prefeita da capital paulista, há 23 anos, Marta filiou-se ao PT em 1981. Pelo partido, foi deputada federal, em 1994, tentou ser governadora quatro anos depois, no pleito que elegeu Mário Covas (PSDB). Ainda assim teve uma ampla votação que a alçou ao comando o poder Executivo paulistano por um mandato.

Entre os feitos de sua gestão, que agora tentam ser recuperados por Boulos, está a criação do Bilhete Único que, em sua gestão, garantiu ao usuário do transporte coletivo o pagamento de apenas uma passagem, uma política que segue até hoje. Durante seu governo, Marta também ficou conhecida por enfrentar a chamada "máfia dos transportes", como era conhecido o grupo que controlava o fluxo de vans clandestinas que atendiam áreas não cobertas pelo transporte público.

Na educação municipal, Marta também foi responsável pela criação de Centros Educacionais Unificados (CEUs). A petista, contudo, não conseguiu se reeleger e perdeu a corrida eleitoral de 2004 para José Serra. A derrota é relacionada à criação de dois impostos, a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD), que incidia sobre a produção de lixo, e a Contribuição Para Custeio da Iluminação Pública (Cosip), que tributava o acesso à energia.

A ex-prefeita seguiu a trajetória na política e chegou a ser ministra do Turismo do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2007 e 2011, e ocupou o comando da pasta de Cultura da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Em 2011, foi eleita para o Senado e exerceu o mandato até 2019. No período, Marta deixou o PT em 2015, após 33 anos, acusando o partido de ser “protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção” do país. Ela fez referências indiretas ao mensalão e ao esquema de corrupção na Petrobras. Em 2016, votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff e chegou a entregar um buquê de flores a Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de afastamento da ex-presidente.

Tornou-se secretária municipal de Relações Internacionais em 2021, a convite do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB). Mas teve de deixar a pasta neste ano após se filiar novamente ao PT e aceitar o convite da sigla para ser vice de Boulos, seguindo um acordo firmado com o PSOL ainda nas eleições de 2022. 

A imagem de Marta também leva a esperança da campanha de Boulos de ganhar espaço entre o eleitorado da periferia paulistana. Até o momento, a ex-prefeita tem estado ausente da maior parte das agendas de seu candidato que, por outro lado, tenta colar sua imagem à da ex-prefeita. Há a promessa, contudo, de que a candidata a vice faça mais aparições públicas.

 

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