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Marta pede punição de Bolsonaro por falta de decoro

A senadora disse que, "como mulher, como mãe, como senadora, como vice-presidente do Senado", não podia se calar diante das palavras de Bolsonaro

Ela acredita que as providências contra Bolsonaro são necessárias para evitar que ele continue ofendendo as pessoas (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Ela acredita que as providências contra Bolsonaro são necessárias para evitar que ele continue ofendendo as pessoas (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h22.

Brasília - Primeira vice-presidente do Senado, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) pediu hoje ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), que adote providências para punir o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por falta de decoro parlamentar. Marta disse que, em discurso no início da tarde, o deputado teria dito que a presidente Dilma Rousseff deveria "assumir logo se o seu negócio é amor com homossexual". Ele protestava contra a campanha do governo para combater a homofobia nas escolas.

A senadora disse que, "como mulher, como mãe, como senadora, como vice-presidente do Senado", não podia se calar diante das palavras de Bolsonaro. Ela acredita que as providências contra Bolsonaro são necessárias para evitar que ele continue ofendendo as pessoas. "Sinto muito a falta de decoro parlamentar desse deputado, que tem ofendido cidadãos comuns e agora até a presidente da República", justificou.

Marta disse que a falta de decoro de Bolsonaro se deve não por ele dizer que a presidente Dilma possa ser homossexual, mas, sim, por fazer insinuações a respeito da sexualidade da presidente da República, "quando a opção sexual de qualquer ser humano é uma questão de foro íntimo". Ela disse ainda que resolveu se manifestar sobre o fato por causa da "indignidade do pronunciamento e pelo absurdo".

Segundo ela, o deputado teria dito: "Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau".

No seu entender, a presidente tem se posicionado na luta pela conquista de direito dos homossexuais, "está indo muito além da conta". "Uma coisa é você se posicionar, se colocar, outra coisa é ir além do que é o respeito a qualquer cidadão e, principalmente, a uma mulher que hoje ocupa a Presidência da República", defendeu.

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