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Marina terá que fazer política, afirma Roberto Freire

Presidente do PPS disse que a articulação política da aliança foi desenvolvida por Campos e que agora a ex-senadora terá a tarefa de assumir esse papel

Presidente nacional do PPS, Roberto Freire, chega a casa de Eduardo Campos antes do velório, em Recife (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Presidente nacional do PPS, Roberto Freire, chega a casa de Eduardo Campos antes do velório, em Recife (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 18h34.

Brasília - O presidente do PPS, Roberto Freire, disse nesta quarta-feira que a articulação política da aliança foi desenvolvida por Eduardo Campos e que agora a ex-senadora terá a tarefa de assumir esse papel. 

"Antes ela era coadjuvante, quem fazia política era Eduardo. Agora, é ela que vai fazer política", afirmou, ao chegar à sede do PSB em Brasília para a reunião que confirmará Marina Silva como candidata à Presidência.

O presidente do PPS também comentou o receio que o agronegócio tem em relação à candidata.

Segundo ele, Campos fez uma campanha afirmando que Marina não tinha nenhum problema com o setor, mas reconheceu que alguns segmentos do agronegócio têm restrições com relação à nova candidata do PSB.

"Há algum mal entendido que vamos tentar superar", disse. Freire também rebateu críticas em relação ao perfil de Marina como gestora, destacando que a candidata foi ministra do Meio Ambiente do ex-presidente Lula e senadora da República e tem "sensibilidade".

"Ela tem demonstrado consciência e tem experiência."

Preconceito

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) afirmou hoje, ao chegar à sede do PSB em Brasília, onde Marina Silva será ratificada como candidata à Presidência da República pelo partido, que sua ascensão na chapa como vice da ex-senadora será para honrar a memória de Eduardo campos, morto em um acidente aéreo na semana passada.

"Vamos honrar com muito trabalho um homem que morreu no front da batalha", disse.

O candidato foi questionado sobre como será a relação de Marina com o agronegócio e disse que as propostas do partido foram apresentadas por Campos na sabatina realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Albuquerque afirmou que existem muitos preconceitos no setor em relação a Marina que não são verdadeiros.

"Quem esteve na CNA ouviu nossas propostas, que devem ser mantidas. Muita gente tem preconceito com a Marina sem ouvi-la. É gente que ouve os outros falarem dela. Quem ouvi-la vai ver que há preconceitos que não são verdadeiros", disse.

Albuquerque disse também que é preciso ter respeito com a agricultura, setor apontado por ele como importante para desenvolvimento do País. Segundo o deputado, os temas de desenvolvimento, economia e agricultura estão contemplados no programa do PSB.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou, ao chegar ao evento, que a carta de compromisso entre Marina e o PSB é o programa de governo do partido.

O governador afirmou ainda que não existe imposição do PSB para que Marina abandone o processo de criação da Rede Sustentabilidade.

"A Marina é da Rede. Todo mundo sabe que ela vai construir o partido. Isso já estava combinado", disse. Casagrande ponderou que as discussões sobre o futuro da Rede são uma tarefa para depois da disputa eleitoral.

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