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Marina Silva diz que não existe mágica em economia

A pré-candidata da Rede afirmou que "é preciso resgatar a política econômica que esteve em vigor desde o início do Plano Real"

Marina Silva: "A lei é para todos e não pode se adaptar às pessoas. As pessoas é que devem se adaptar a ela" (Adriano Machado/Reuters)

Marina Silva: "A lei é para todos e não pode se adaptar às pessoas. As pessoas é que devem se adaptar a ela" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2018 às 20h38.

Rio - A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou na tarde desta sexta-feira, 8, durante entrevista aos correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro, que, se eleita, não vai "inventar a roda" para consertar a economia.

"Não tem nenhuma mágica. É preciso resgatar a política econômica que esteve em vigor desde o início do Plano Real, recuperar o superávit primário, sem prejuízo dos investimentos em programas sociais, e controlar a inflação. O sistema de metas (de inflação) é positivo, o que aconteceu é que primeiro ultrapassaram o centro da meta, depois furaram o teto. Agora, até em função do cenário econômico, a inflação caiu novamente, e é preciso mantê-la sob controle. Agora a questão do câmbio é que está com problemas, mas ele deve ser flutuante, e o governo e o Banco Central têm instrumentos para controlá-lo", afirmou Marina.

Questionada sobre uma eventual reação do mercado à polarização entre os pré-candidatos Jair Bolsonaro e Ciro Gomes, Marina afirmou que "não quero contribuir com qualquer especulação sobre candidaturas": "Estamos no começo do processo, e o povo é que vai decidir".

Sobre a prisão de Lula e a possibilidade de que sua candidatura seja proibida em função da lei da Ficha Limpa, Marina repetiu que "a lei é para todos e não pode se adaptar às pessoas. As pessoas é que devem se adaptar a ela".

A pré-candidata do Rede criticou a gestão do presidente Michel Temer (MDB) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT): "Eles não governaram. O atual governo faz loteamento de cargos para se manter. É preciso ter alianças programáticas. O País não pode ser governado pelo Judiciário, como tem acontecido".

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