Marina Silva: "para que em nosso País possam caber todos, é necessário que não caiba mais a corrupção" (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de maio de 2017 às 08h00.
São Paulo - A ex-ministra Marina Silva (Rede) criticou a postura do presidente Michel Temer (PMDB) de não "esclarecer a gravidade do que foi divulgado" e usar o "método de desqualificar o acusador". Marina defendeu, ainda, a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como o "melhor caminho".
"O que levou o dono da JBS, aquele que 'prejudicou o Brasil, enganou os brasileiros', ser recebido na calada da noite no Palácio do Jaburu?", questionou a criadora da Rede em sua conta no Twitter.
— Marina Silva (@MarinaSilva) May 21, 2017
"O método de desqualificar o acusador não fez o presidente Michel Temer esclarecer a gravidade do que foi divulgado."
Sem citar as eleições diretas, Marina escreveu que "neste momento, a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE é o melhor caminho". Caso a chapa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e de Temer nas eleições presidenciais de 2014 seja cassada na corte eleitoral, a escolha do novo presidente poderia ser através de eleições diretas.
Se por um lado a Constituição Federal determina eleições indiretas no caso de vacância do cargo nos dois anos finais do mandato, esse prazo é reduzido para seis meses no Código Eleitoral. O julgamento no TSE começa no próximo dia 6 de junho.
A presidenciável em 2014 questionou, ainda, pontos da delação de Joesley que não foram esclarecidos pelo presidente em nenhum de seus pronunciamentos, no sábado, 20, e na quinta-feira, 18.
"O que o presidente teria a dizer sobre os vídeos estarrecedores de seu assessor recebendo uma mala de dinheiro de um diretor da JBS?", perguntou Marina. "Por que o presidente não denunciou as confissões de suborno a juízes e procuradores feitas pelo empresário, conforme estabelece a lei?"
Marina escreveu, ainda, que "para que em nosso País possam caber todos, é necessário que não caiba mais a corrupção".