Marina Silva conversa com jornalistas após sabatina do jornal O Estado de S. Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 18h10.
São Paulo - A candiata do PSB à Presidência, Marina Silva, lembrou a inexperiência eleitoral da presidente Dilma Rousseff há quatro anos ao rebater os ataques feitos a ela pela campanha da petista no programa eleitoral na TV, nesta terça-feira.
A campanha de Dilma, que busca a reeleição, lembrou que a atual base política de Marina no Congresso tem somente 33 deputados e, mencionando o número de votos necessários para aprovar leis no Congresso, a comparou aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, que não terminaram seus mandatos.
"A sociedade brasileira me conhece, conhece os valores que eu defendo, a luta que eu tenho há mais de 30 anos. Eu comecei como vereadora, comecei como deputada, fui senadora por 16 anos, ministra do Meio Ambiente", disse Marina em sabatina no portal do jornal O Estado de S. Paulo na Internet.
"Imagina se eu dissesse que uma pessoa que nunca foi eleita nem vereadora se eleita presidente do Brasil, aí sim, poderia parecer Collor de Mello", disparou a candidata do PSB.
Durante a sabatina, Marina reiterou o compromisso com a formalização da autonomia do Banco Central e disse que a institucionalização dessa autonomia se faz necessária para restaurar a credibilidade perdida na economia brasileira.
A ex-senadora negou ainda que vá reduzir os investimentos na exploração do petróleo na camada pré-sal. "Muito pelo contrário", garantiu.
Ela também voltou a dizer que, se eleita, governará com os bons e citou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
"Conversar com Fernando Henrique, conversar com Lula é com certeza muito melhor do que conversar com Antonio Carlos Magalhães, conversar com Sarney, conversar com Maluf, conversar com Renan Calheiros", disse.
Indagada se estaria disposta a conversar com Renan, caso ele se eleja novamente presidente do Senado, ela disse que "quem for eleito será aquele com que nós conversaremos".