Marina Silva: pré-candidata fez críticas à reforma trabalhista e afirmou que o debate das mudanças nas regras da CLT foi "enviesado" (Ricardo Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de junho de 2018 às 18h38.
São Paulo - A pré-candidata à Presidência da Rede, Marina Silva, disse nesta segunda-feira, 18, que não conversou com o presidente do PPS, Roberto Freire, sobre a possibilidade de ser seu vice.
O nome de Freire foi levantado pelo senador Randolfe Rodrigues (RR) neste fim de semana, assim como o do ex-presidente do Flamengo, Bandeira de Mello.
"Qualquer discussão de nome, nós nunca colocamos à frente do programa, mas obviamente que todas as pessoas que o senador Randolfe, tanto o nome do Bandeira quanto o nome do Roberto são pessoas de maior credibilidade na sociedade. Mas não tive conversa com nenhum deles especificamente", disse Marina após Fórum com presidenciáveis em São Paulo.
Em uma possibilidade de chapa pura, Randolfe citou o ex-presidente do Flamengo, que entrou na Rede neste ano e faz parte da Executiva nacional. Durante o evento, Bandeira disse que está à disposição da pré-candidata, mas afastou a possibilidade. "A professora é ela quem manda, mas acho que ela vai escolher outra pessoa que agregue em termos de aliança política", disse.
Durante sua fala, Marina fez críticas à reforma trabalhista e afirmou que o debate das mudanças nas regras da CLT foi "enviesado". Questionada por jornalistas se revogaria a reforma, caso fosse eleita, ela disse que "a MP não foi aprovada no Congresso e agora voltamos para a mesma situação de muitas injustiças na reforma que ele propôs. Esse processo precisa ser visto, porque a reforma trabalhista não é para precarizar os direitos dos trabalhadores", mas não respondeu se revogaria a medida.
Ex-ministra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, Marina voltou a repetir que "a lei é para todos". Questionada sobre como vê o fato de que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve discutir mais um pedido da liberdade do petista dia 26, a presidenciável disse que a "justiça é soberana" e que não se deve ter dois pesos e duas medidas "nem em relação aos que são populares demais ou os que são ricos demais ou qualquer que seja a circunstância".