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Marina diz que terá governabilidade programática, se eleita

Candidata do PSB relativizou a maioria numérica que o governo atual tem no Congresso Nacional


	Candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, durante uma entrevista
 (Nacho Doce/Reuters)

Candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, durante uma entrevista (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 21h54.

A candidata pelo PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira que terá uma govenrabilidade “programática” e relativizou a maioria numérica que o governo atual tem no Congresso Nacional.

Em entrevista ao Jornal da Record, a presidenciável criticou novamente as indicações políticas para cargos na administração pública federal, comandada pela presidente Dilma Rousseff (PT), sua principal adversária na corrida ao Planalto.

“Vamos fazer uma governabilidade programática, não é a governabilidade pragmática que é feita pelo atual governo”, afirmou Marina.

“No atual governo, essa maioria é artificial, porque a cada projeto que o governo manda para o Congresso é um Deus nos acuda. Muita gente chantageando o governo, pedindo mais um pedaço do Estado para poder votar em projetos importantes.”

Questionada sobre denúncias publicadas em reportagem da revista Veja desta semana a partir de depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que teria delatado um esquema de corrupção e citado, entre outros políticos, o nome de Eduardo Campos, a candidata defendeu elas sejam investigadas “com todo o rigor”.

Para Marina, a menção a Campos --que era o presidenciável do PSB até morrer num acidente de avião no mês passado-- é apenas uma “citação”, e não um fato determinado.

Quando os jornalistas que participavam da entrevista insistiram se não haveria “dois pesos e duas medidas” em sua avaliação sobre essas denúncias, já que tem dirigido críticas relacionadas ao tema ao PT e a Dilma, mas tem defendido “ponderação” sobre o possível envolvimento de Campos, Marina citou outras denúncias envolvendo a Petrobras para defender sua posição.

“Você sabe que houve um escândalo que está comprovado, no caso da compra de Pasadena”, disse, referindo-se a operação que sofre suspeitas de superfaturamento e foi um dos motivos de criação de CPIs no Congresso.

“E outros tantos na Petrobras. Esse não é o único escândalo. Nós temos vários escândalos. Os meios de comunicação fartamente têm dito todos os problemas de corrupção que tem acontecido na Petrobras”, argumentou.

Marina não respondeu, no entanto, se reajustaria os preços administrados, como o da gasolina, caso isso não seja feito pelo atual governo. A ex-senadora tem acusado Dilma pelo que considera um represamento de preços.

“O que nós temos dito é que o governo tem a responsabilidade de parar com os preços administrados sendo manipulados para controlar artificialmente a inflação”, afirmou.

Opiniões Pessoais

A presidenciável deparou-se ainda com perguntas sobre temas sensíveis. Apesar de posicionar-se contra a legalização do aborto, Marina defendeu que haja debate sobre o tema.

“Eu pessoalmente sou contra porque a sociedade brasileira sabe que esse é um tema complexo, que envolve questões morais, questões filosóficas, questões ligadas à espiritualidade. Agora, o debate deve acontecer.... e deve ser feito de forma respeitosa para com todos que tenham uma opinião séria sobre o tema.”

Sobre a formalização da homofobia como crime, a ex-senadora afirmou que se for “praticado como discriminação a uma pessoa pela sua orientação pessoal, não deve ser tolerado pela Justiça”.

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