Marina Silva: "O povo brasileiro já decidiu que vai ter segundo turno... tenho certeza de que estaremos no segundo turno", disse (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2014 às 16h50.
São Paulo - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, criticou neste sábado a união das campanhas de Dilma Rousseff (PT) e de Aécio Neves (PSDB) nos ataques contra ela, mas mostrou confiança de que estará no segundo turno contra a presidente.
"O povo brasileiro já decidiu que vai ter segundo turno... tenho certeza de que estaremos no segundo turno", disse Marina a jornalistas na zona leste de São Paulo.
"Fizemos uma campanha bonita que encantou o Brasil", acrescentou a candidata. "Ter o PT e o PSDB unidos na mesma artilharia contra nós, um grupo de partidos pequenos com apenas dois minutos de TV, se nós não tivéssemos um programa (de governo), teríamos sido dizimados a pó." Depois que deu um salto nas pesquisas de intenção de voto, logo depois de entrar na corrida presidencial com a morte de Eduardo Campos, de seu partido, Marina passou a ser alvo de ataques das campanhas petista e tucana.
Enquanto a propaganda de Dilma mostrava supostos efeitos negativos de propostas da candidata do PSB, como a independência legal do Banco Central, a propaganda de Aécio apontava para a falta de experiência de Marina, seus longos anos no PT e as contradições das posições atuais e anteriores dela. Marina, que chegou a ter 20 pontos percentuais de vantagem sobre Aécio nas pesquisas, trava uma disputa muito acirrada na reta final para ver qual dos dois será o adversário de Dilma no segundo turno.
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta manhã mostrou os dois em empate técnico, com vantagem numérica para o tucano.
Ibope e Datafolha divulgarão ainda neste sábado novas sondagens. No último Datafolha, divulgado quinta-feira, Marina e Aécio estavam em empate técnico, mas a vantagem numérica era da candidata do PSB. Já o último Ibope, veiculado no mesmo dia mostrava Marina 5 pontos à frente do tucano.
Em todas as pesquisas, Dilma aparece com liderança folgada. (Reportagem de Bruno Federowski)