Brasília - A candidata à Vice-Presidência na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva, veio a público, há pouco, lamentar a morte do político pernambucano, que foi vítima de um acidente de avião, no fim da manhã de hoje (13).
Ela disse que Campos estava empenhado na defesa das ideias que defendia “até os últimos segundos de sua vida”.
Emocionada, Marina se solidarizou com a família de Campos e dos assessores e disse que “durante esses dez meses de convivência, aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e em seus ideais de vida”.
A ex-ministra do Meio Ambiente e organizadora da Rede Sustentabilidade estava em São Paulo hoje, mas cumpria agenda pessoal na capital paulista, enquanto Campos seguia para Santos.
Durante a declaração para a imprensa, Marina não falou sobre uma possível substituição da candidatura.
Ela destacou a parceria com o político, afirmando que “começamos a fiar juntos, principalmente a esperança de um mundo melhor, de um mundo mais justo”.
Essa foi a primeira declaração de Marina Silva sobre o acidente ocorrido hoje. Mais cedo, a fotografia que ilustrava o seu perfil no Facebook foi trocada por uma imagem preta, em sinal de luto.
Ela deveria acompanhar Eduardo Campos no voo, mas antecipou a ida a São Paulo para fazer uma gravação.
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1. Vida política
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1/10 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo -
Eduardo Campos nasceu em uma das famílias mais influentes do Brasil. E faleceu buscando o compromisso maior com a vida política: a presidência do Brasil. O candidato morreu nesta quarta-feira aos 49 anos. Ele estava
no jatinho que caiu nesta manhã em Santos. Veja nas fotos a seguir os principais momentos de sua vida.
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2. Início
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2/10 (Evaldo Costa/Flikr)
Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, Pernambuco, em 10 de agosto de 1965. Filho do escritor Maximiano Campos e da atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes e neto de Miguel Arraes, Campos nasceu em uma família de políticos. Em 1990, começou sua carreira política oficialmente ao ser eleito deputado estadual pelo
PSB.
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3. Família política
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3/10 (Alexandre Belem/JC Imagem)
Em 1986, envolveu-se na campanha para governador do avô, Miguel Arraes. Miguel Arraes foi um importante político brasileiro, tendo sido deputado estadual e governador do estado do
Pernambuco três vezes. Arraes passou 15 anos exilado por conta da ditadura. Em 1994, Campos integrou o governo de Arraes, onde ocupou o cargo de secretário da Fazenda de Pernambuco entre 1995 e 1998.
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4. Ministro do governo Lula
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4/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Após três mandatos como deputado federal, Campos assumiu, no início do governo
Lula, de 2003 a 2005, o cargo de Ministro da Ciência e Tecnologia. No mesmo ano, assume a presidência nacional do PSB.
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5. Governador
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5/10 (Wikimedia Commons)
Em 2006, foi eleito
governador de Pernambuco com mais de 60% dos votos válidos. Em 2010, foi reeleito com a maior porcentagem dos votos válidos de todo o Brasil: 83%.
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6. Parceria com Lula e Dilma
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6/10 (Aluísio Moreira/Divulgação)
Em 2009, Campos integrou a campanha da eleição de
Dilma Rousseff. Em 2010, chegou a afirmar que apoiaria a presidente em 2014, mas, desde 2013, vinha dando sinais de rompimento com o rumo político que o governo tomava.
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7. Campanha para a presidência
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7/10 (Antonio Cruz/ABr)
Em abril deste ano, Eduardo Campos deixou o cargo de governador do Pernambuco para concorrer à Presidência do Brasil pelo PSB, ao lado de
Marina Silva. Campos e Marina estavam em 3º lugar na corrida eleitoral para a presidência da República.
O futuro da campanha ainda é incerto.
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8. Suassuna
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8/10 (Divulgação/ Flickr Eduardo Campos)
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9. Mãe
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9/10 (Roberto Pereira/Divulgação)
Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, também seguia a veia política da família. Membro do PSB desde 1990, foi eleita Deputada Federal em 2006. Em 2010, foi reeleita, mas deixou o cargo em 2011 para ocupar a cadeira de Ministra do Tribunal de Contas da União.
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10. Família
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10/10 (Divulgação/Facebook/Eduardo Campos)
Eduardo Campos deixa a esposa, Renata Campos, e cinco filhos. O mais novo integrante da
família, Miguel, nasceu em janeiro deste ano. Triste coincidência, ele morreu no mesmo dia que o avô, de quem herdou a veia política: 13 de agosto de 2005.