Ex-senadora Marina Silva dá entrevistas após sessão do TSE em que foi negado o registro a seu partido, a Rede Sustentabilidade (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 23h27.
Brasília - Com a rejeição do pedido de registro do seu partido, a Rede Sustentabilidade, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ex-senadora Marina Silva deve reunir-se ainda nesta quinta-feira com aliados e apoiadores da sigla em formação para decidir seu futuro político e se irá se filiar a outra legenda para concorrer à Presidência da República em 2014.
O TSE rejeitou nesta quinta-feira o pedido de registro da Rede, partido que daria a Marina a chance de se candidatar ao Planalto sob o discurso de uma nova maneira de fazer política. Resta à ex-senadora, segunda colocada nas recentes pesquisas de intenção de voto para o ano que vem, definir se submeterá seu capital político a outra legenda para entrar na disputa de 2014, embora tenha sustentado até o momento que se mantém focada no "plano A".
"Eu tenho um plano A e continuo no plano A. Agora vou discutir com os meus companheiros, porque o plano A é a Rede Sustentabilidade. E ela continua como um projeto político", disse a jornalistas logo após a decisão do TSE.
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente informou que dará entrevista coletiva na sexta-feira para informar sua decisão, que, garante, ainda não foi discutida.
"Amanhã eu vou dar uma coletiva pra vocês dizendo qual é o meu posicionamento em relação à pergunta que vocês estão fazendo (sobre mudança de partido), porque eu não discuti absolutamente nada de planos outros com ninguém e o plano A está saindo daqui vitorioso porque nós já somos um partido político, sim", disse, comemorando os elogios dos ministros quanto às demonstrações de ética e lisura no processo de pedido de registro no TSE.
"Eu não posso estar decepcionada se o que há de mais importante nós obtivemos hoje nesta corte: a declaração de todos os senhores ministros deste Tribunal de que nós temos os requisitos mais importantes para ser um partido político. Eles disseram que nós temos um programa, que nós temos representação social e que nós temos ética." Sobre a rejeição do pedido, por falta do número mínimo de assinaturas necessárias para a criação do partido, Marina argumentou que a Rede havia descartado mais de 200 mil apoiamentos por conta própria.
"Talvez se tivéssemos anexado, sem que elas pudessem ser verificadas se valiam ou não, poderíamos contabilizar pela quantidade e não pela qualidade. Mas para nós os fins e os meios têm que ser compatíveis", disse.