Candidata à Presidência Marina Silva (PSB) discursa durante uma palestra em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2014 às 19h22.
São Paulo - Questionada sobre o porquê de seu programa de governo não tratar especificamente sobre a universalização do acesso à internet banda larga, a candidata à Presidência Marina Silva (PSB) voltou a recorrer ao argumento de que seus principais adversários ainda não apresentaram programa de governo.
Marina repetiu que a sociedade não pode dar "cheque em branco" para candidatos que não apresentaram programa.
Pressionada, ao longo do debate que participa em São Paulo, para falar da possibilidade de a internet ser oferecida como serviço público, Marina admitiu que ainda não houve um debate aprofundado sobre o tema com sua equipe e que seu programa é "vivo", aberto a novas construções.
"Não fizemos essa discussão com a profundidade que vocês estão colocando, estamos debatendo", afirmou.
Depois dessa fala, a candidata usou seu tempo de resposta para repetir seu discurso de que, depois da Carta aos Brasileiros, feita pelo ex-presidente Lula, é chegada a hora da "Carta dos Brasileiros", em referência ao processo de se passar de uma democracia representativa para a participativa.
A internet, argumentou Marina, é fundamental para esse processo.
Marina disse querer que a sociedade brasileira tenha acesso à internet de alta velocidade, que considera essencial. "Sabemos que em outros lugares do mundo, o preço (da banda larga) não é tão caro.
No Japão o valor é algo em torno de centavos. Aqui no Brasil o preço é elevado", afirmou a candidata. Segundo ela é possível manter uma taxa de retorno que garanta viabilidade econômica ao setor e, ao mesmo tempo, um preço mais acessível.
"Nosso compromisso não é com lucro e com serviço acessível e de qualidade", disse Marina.